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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

terça-feira, abril 12, 2011

Gestão] Vitória almeja profissionalização do marketing

Para clubes brasileiros, ter um departamento de marketing profissional e organizado ainda é uma novidade. Por isso mesmo, nem sempre as mudanças são devidamente absorvidas. Se mesmo no eixo Rio – São Paulo ainda existem grandes agremiações que patinam na área, em mercados menos desenvolvidos o problema é ainda mais visível. É esse cenário que o Vitória almeja alterar nos próximos anos.

Quem explicita essa necessidade é o atual diretor de marketing do clube, André Curvello, que assumiu o posto neste ano, com a nova diretoria comandada pela presidente Alexi Portela Junior. “Nosso principal objetivo é criar um departamento de marketing inteiramente profissional”, afirmou Curvello, que não é renumerado.

“Hoje, o grande desafio é fazer o dever de casa. Ter um planejamento para longo prazo, se comunicar melhor com a torcida e iniciar um processo de fortalecimento da marca do Vitória”, sustenta o diretor, que no momento se mantém focado em melhores valores de patrocínio e em ações consideradas básicas, como o lançamento de uma mascote oficial.

Com um mercado nacional que ainda engatinha no marketing esportivo, a intenção de Curvello é fazer um trabalho em longo prazo com os profissionais que já integram o departamento de marketing do Vitória, para que eles se tornem cada vez mais preparados para lidar com a comunicação e com os patrocinadores.

As próprias empresas interessadas têm dificuldade de entender as mudanças. Um exemplo se dá na procura por patrocínios pontuais nesses primeiros meses do ano. “Recebemos com frequência uma série de propostas, a maioria com valores que nem podemos partir para uma negociação. São empresas locais que querem ajudar, mas nós não queremos ajuda”, enfatizou Curvello.

Essa ressalva aparece porque o clube tem tentado tirar os ares de amadorismo que ainda sobrevoam o meio. O marketing do Vitória que deixar claro que patrocinar o clube não é ajuda, mas uma poderosa plataforma de comunicação com torcedores, um investimento que não pode estar aquém do requerido.

Apesar da tentativa de oferecer propriedades para as empresas que tornem os seus investimentos mais atrativos, Curvello ainda lamenta as consequências de um trabalho que se inicia. Para o dirigente, contratos longos com atuais patrocinadores estão com valores abaixo do esperado. Mesmo o recém-fechado contrato com a Tim não agradou o Vitória, que agora busca um parceiro para exibir a marca na barra da camisa, mas ainda esbarra na descrença do mercado.

EDUARDO LOPES
Da Máquina do Esporte, São Paulo – SP

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