Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

domingo, janeiro 20, 2013

AS ARENAS, AS RÁDIOS E A EXCLUSIVIDADE DAS TRANSMISSÕES ESPORTIVAS

Por Martins Andrade, cronista político , radialista, jornalista e engenheiro agrônomo.

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Tenho escutado e lido expressões de colegas, que integram a crônica esportiva, tanto aqui do Ceará, quanto em outros estados brasileiros, sobre preocupações relativas às situações de acomodações para os profissionais das emissoras de rádio, nas diversas arenas esportivas, que estão sendo construídas ou reformadas, Brasil a fora.

Faz sentido a preocupação, mas parece que ainda não despertaram nos cronistas esportivos ligados a rádios, as motivações que os levam a se preocupar.

É bom que despertem, o quanto ainda é cedo.

Melhor seria se dessem uma olhada ao derredor das grandes competições esportivas brasileiras, e observassem o modo como está sendo patrocinada e veiculada pelos grandes grupos midiáticos.

Para situar o leitor no tempo, ante-ontem, numa licitação livre, um certo grupo de mídia – Rede Record, venceu a concorrência para transmissão do maior evento esportivo do Brasil, o Brasileirão Série A 2011, mas foi trucidada pela interferência direta da Rede Globo, que subornou clubes diretamente, e reverteu a situação para si.

Ontem a mesma Rede Globo reivindicava à CBF, direitos, porque havia investido muito dinheiro, tanto na aquisição dos direitos exclusivos de transmissão, quanto na veiculação de mídias no âmbito dos estádios. Direito líquido e certo, já que os pagou. Ocorre, que as mídias pertenciam aos clubes integrantes do campeonato, que também têm direito de divulgar seus patrocinadores.

A persistir essa forma de exclusividade, já, já a Rede Globo, que detém o monopólio dessas transmissões, vai pedir, ou que se retirem os demais veículos de mídias dos estádios, as tais Arenas, ou cobrar delas, as rádios e demais veículos de transmissão esportiva.

Na Argentina, a presidente Cristina Kirchner resolveu o impasse do modo mais razoável possível: o estado comprou os direitos de transmissão esportiva e abriu para todas as empresas retransmitirem. De graça.

No Brasil, pelo andar do monopólio das transmissões esportivas, as rádios vão já ficar de fora delas.

E já começam a reduzir os espaços delas nas tais “Arenas”.

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Benê Lima