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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sábado, janeiro 02, 2010

Equipe estrangeira adapta aspectos culturais e enaltece experiência em participação na Copa SP
Al- Hilal irá tratar com ‘flexibilidade’ questão das orações de seus atletas, que veem competição como grande experiência de vida
Bruno Camarão

A principal competição das categorias de base do futebol brasileiro abre as portas neste ano para uma agremiação estrangeira. O saudita Al-Hilal, bicampeão asiático, que conquistou o campeonato sub-18 de seu país, foi convidado para participar da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Uma experiência totalmente diferenciada, com retoques de adaptação aos jovens visitantes.

“É o torneio mais importante de que eles já participaram. A visibilidade do futebol no Brasil é muito grande”, afirmou Marian Bondrea, técnico romeno da equipe, cuja delegação é composta por 29 jogadores.

“Não viemos apenas para ganhar, mas também para levar boas imagens e experiências em jogar contra equipes brasileiras famosas”, completou, ainda em entrevista à Folha de S. Paulo.

Após quase 30 horas de voo, os árabes chegaram ao Brasil na última quarta-feira, hospedando-se em Campinas – o Al-Hilal compõe o grupo U, localizado na cidade de Paulínia, ao lado da equipe da casa, do Atlético-PR e do Remo, do Pará.

Bodrea explicou que uma das adversidades da missão é justamente ser a única equipe estrangeira, contra 91 equipes brasileiras. Mas a adaptação em termos estratégicos e de logística já foram tomadas.

Muçulmanos, os atletas têm a obrigação de orar cinco vezes ao dia. Independentemente de onde e do que estiverem fazendo, são obrigados a parar e se voltar em direção a Meca.

“Para eles, jogar fora de casa será apenas mais uma experiência de vida. Em relação às orações, eles poderão antecipá-las em 20 minutos antes de cada jogo. É permitido”, minimizou Bodrea.

No cardápio do hotel, carne de porco, refrigerantes e bebidas alcoólicas foram terminantemente vetados. Todos os jogadores são árabes. Quinze deles têm 17 anos. Há ainda oito jogadores com 18 anos e seis com 16.

“Mas nenhum tem a intenção de se mudar para a Europa”, finalizou o treinador.

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