Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

segunda-feira, agosto 31, 2009

As últimas do Paulinho

Jabá SPORTV ?

Saída da Sala de Imprensa do Morumbi, logo após a partida entre São Paulo e Palmeiras.

Muricy Ramalho ainda falava na coletiva.

Edmilson, na porta do local, reclamava com um amigo: “Poxa, me convidaram para ir no Arena SPORTV, mas querem que eu utilize a marca do “cara”.”

O desabafo foi testemunhado por repórteres que estavam ao lado.

Um dos jornalistas do MSM correu atrás do atleta e perguntou: “Algum problema para ir ao Sportv ?”

O jogador respondeu, visivelmente contrariado: “Não, não há problema nenhum…”

Realmente lamentável.


Roubos, desvios e comissões

Os roubos e desvios de atletas nas categorias de base do Corinthians são de impressionar.

Primeiro pela ousadia de gente que não se importa de fazer as coisas sem se esconder.

Evidente que a impunidade é o maior dos estímulos.

Por último pelo fato de Andres Sanches aceitar “oficialmente” alguns destas transações.

Anteriormente, negava de pés juntos, como no caso Palmeirinha.

Dirigentes ganham comissões, partes de direitos federativos, e escolhem ainda quem negociar, ou não.

Há também uma espécie de guerra interna entre os ladrões.

Que atingiu também os empresários, incomodados com o poder cada vez maior de Carlos Leite, o Mano do Mano.

O filé vai para ele, o restante tem dividido as sobras.

O zagueiro Renato vem sendo prejudicado porque seu pai recusou assinar vínculo com o empresário.

Depois disso, nunca mais foi relacionado, e viu o clube contratar zagueiros inexpressivos, como Paulo Andre, amigo da turma.

Por falar nele, seu empresário entrou em contato com o blog, nervoso com a divulgação da verdade.

Evidente que não adiantou.

Uma coisa é certa, nunca se roubou tanto, no futebol amador do Corinthians, quanto agora.

Nesi Curi realmente foi um bom professor.


A imprensa sofre no Morumbi

Estive ontem no Estádio do Morumbi acompanhando a equipe do Mídia sem Média, que realizou a cobertura da partida entre São Paulo e Palmeiras.

Pude constatar a precariedade das instalações que são destinadas aos profissionais da imprensa.

Muita coisa precisa mudar se o Tricolor pretende sediar a abertura de uma Copa do Mundo.

A cabine de nº 30, onde a equipe se postou, próxima do UOL e da Globo.com, além de ter uma visão muito ruim do gramado, possui alguns pontos cegos, que realmente dificultam a boa execução do trabalho.

Por mais irônico que possa parecer, no local onde estão localizadas as equipes de sites, a internet não estava funcionando.

Nas cabines que tiveram mais sorte, havia uma irritante oscilação de sinal.

Foi necessário o deslocamento de um profissional do MSM até a Sala de Imprensa, próxima ao portão principal, para que a conexão pudesse ser realizada.

Outro fato que me chamou a atenção é a absoluta escasez de locais para que os jornalistas consigam, no mínimo, fazer um lanche.

O único disponível, o Habibs, cobra preços mais de 5 vezes acima do que suas lojas de rua.

Um verdadeiro absurdo.

Em alguns locais, onde as credenciais precisavam ser mostradas para que o profissional circulasse por ambientes restritos, alguns “filhinhos de papai” faziam escândalos para entrar de graça. “Meu pai é fulano de tal”, “ Conheço o diretor X”, “Você não sabe com quem está falando”.

Muitos deles conseguiram entrar, mesmo sem carteirinha.

Os repórteres que ficam no térreo, à espera de escalações, e outras notícias, trabalham em condições ainda piores.

Sala apertada, sem estrutura adequada, e o mínimo de conforto.

Visitei ainda as cabines da CBN, onde conversei com Deva Paschovith e Vitor Birner, da rádo Globo, onde encontrei Oscar Ulisses, Zé Elias e Oswaldo Paschoal, e da Rádio Bandeirantes, onde cumprimentei rapidamente o José Silvério e o Mauro Beting.

É um local apertado, pior do que o Pacaembu.

Para finalizar, subi até o último andar, e entrei na cabine da BAND, onde conversei rapidamente com o Neto, sob o olhar incrédulo de Luciano do Valle.

É, sem dúvida, o local menos ruim de trabalho.

Com mais espaço, além de banheiros e lanchonetes mais próximos, embora, nem por isto, de melhor qualidade.

Fui embora antes da partida começar.

Tinha um compromisso inadiável.

A equipe ficou por lá, e mesmo com as dificuldades relatadas, conseguiu se virar bem.

O resultado você confere mais tarde.


Grave denúncia na Fórmula 1

Reginaldo Leme fez uma denúncia gravíssima na transmissão do GP da Bélgica, pela Rede Globo.

Segundo o jornalista, Nelsinho Piquet e Flávio Briatore estão sendo investigados pela FIA, por ocasião de um acidente em que o brasileiro teria se envolvido, em 2008, que propiciou a entrada do “Safety Car” na pista, beneficiando seu companheiro de equipe, Fernando Alonso.

Reginaldo disse ainda que há rumores de que existiriam gravações em que ordens teriam sido transmitidas para que Nelsinho provocasse o acidente, ou a entrada do carro.

Visivelmente incomodado com a informação, Galvão Bueno tentou alertar seu companheiro da gravidade desta notícia, e que o responsável por ela poderia arcar criminalmente se não tivesse provas do que estaria falando.

É difícil acreditar que Nelsinho se submeteria a uma situação tão lamentável, mas é evidente que tudo precisa ser apurado, e os culpados, punidos.

Sejam eles os que causaram o acidente, ou aqueles que inventaram a história.


A farra de Orlando Silva Junior

Integrantes de programa do Ministério do Esporte misturam relações pessoais e de parentesco com a vida profissional

Do CORREIO BRAZILIENSE

Por IZABELLE TORRES

As regras que proíbem o nepotismo na administração pública existem há um ano. Mas no Ministério do Esporte é fácil encontrar casos em que as relações pessoais se misturam com a vida profissional. Pior. Casos em que a máquina pública banca e beneficia a mesma família, graças à influência política que um dos seus integrantes exerce. E entre práticas de nepotismo declaradas, há também os atos indiretos a favor de amigos, aliados ou antigos ocupantes de cargos de chefias. O Correio encontrou algumas dessas demonstrações de descumprimento da lei e de práticas de favorecimento a determinados grupos.

Uma das demonstrações de dribles à súmula (1)do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu o nepotismo e o uso do cargo para beneficiar a própria família, é praticada pelo coordenador do Departamento de Programas Sociais de Esporte e Lazer, Luiz Roberto Malheiros. Sua mulher, Cláudia Marins, faz parte de um cadastro de formadores do Programa (2)Esporte e Lazer das Cidades (PELC). Ela é uma das 80 aprovadas em seleção para dar treinamentos em instituições que irão receber recursos do ministério. Cada curso paga ao formador cerca de R$ 6.400. Esse valor é repassado pela instituição que está recebendo o treinamento. No entanto, é o ministério que indica o formador responsável pelo curso. É nesse contexto que entra o poder da influência que cada integrante da lista de formadores consegue exercer. É aí também que entra a vantagem de Claudia Marins.

Favorecimento
De acordo com cinco professores que também constam no cadastro de formadores, a mulher do coordenador Luiz Roberto é frequentemente indicada para formações. Algumas vezes, seu nome não aparece na lista oficial do ministério, já que entra como “convidada” do palestrante oficial. Nesse caso, a quantia de R$ 6.400 é dividida entre os dois formadores. Um exemplo dessa parceria ocorreu esta semana em Brazlândia. Na formação dada na Brigada Mirim constava Antonieta Martins como a responsável pelo curso. Pelo menos oficialmente. A reportagem foi ao local do treinamento e verificou que Cláudia Marins era a outra palestrante, apesar de seu nome não aparecer em nenhum documento.

“Isso é muito comum. Sou amiga da Antonieta e sempre fazemos formações juntas. O ministério não tem nada com isso. Eles a indicaram e ela me chamou para dividir o trabalho. Meu marido tem mesmo influência lá, mas sou uma profissional capacitada. Os convites que recebo não têm a ver com ele”, diz a professora.

Indignação
Mas os relatos de responsáveis por entidades que já patrocinaram os cursos de formação desenham um cenário diferente. De acordo com três coordenadores de instituições esportivas, apesar de o dinheiro para os palestrantes sair dos recursos destinados às organizações, são os coordenadores do ministério quem escolhem os formadores. “A gente não diz nada. Eles já vieram com o nome do escolhido e o preço do curso. Confesso que não entendi isso direito, mas a gente não pode questionar muito sob pena de não receber os recursos para os projetos”, relata um deles em conversa gravada. O coordenador pediu para seu nome não ser publicado temendo retaliações.

O teor do depoimento do coordenador foi o mesmo dos outros dois representantes de entidades. Todos relatam o direcionamento na escolha dos formadores, apesar de existir uma portaria publicada em 2007 afirmando que “os formadores serão contratados pelas entidades conveniadas”. Na lista de formadores do programa há outros nomes influentes que, segundo professores também cadastrados, levam vantagens na hora das indicações.

É o caso de Andréa Ewerton, que foi diretora do departamento de esporte e lazer e uma das criadoras das regras para o cadastro do qual hoje faz parte. Ela nega qualquer favorecimento. “Não sou frequentemente convidada. Realizei duas formações. Tais indicações ocorrem em função de meu estudo no mestrado na Universidade Federal de Minas Gerais e da minha atuação como Diretora de Políticas Sociais, cargo de que solicitei exoneração em 2008”, diz. Ironicamente, e apesar de Andréa constar no cadastro público de formadores, a assessoria de imprensa do ministério informou que a ex-diretora não consta como formadora do PELC. O formador Luiz Otavio Neves também trabalhou na diretoria que administra o cadastro de professores.

No amor
Além das estratégias indiretas para burlar a súmula do STF, o ministério também possui casos declarados e conhecidos de casais que trabalham juntos. No Departamento de Esporte Escolar e de Identidade Cultural estão Silvia Bortoli e Angelo Bortoli. Ambos são funcionários da prefeitura de Guarulhos (SP) e ocupam cargos comissionados no ministério. “Somos um casal sim, mas não vou falar sobre isso. Somos de setores diferentes e é só esse meu comentário”, diz ela, que ocupa cargo de chefia.

Mais disposto a falar sobre o assunto, o coordenador do Departamento de Programas Sociais de Esporte e Lazer, Mario Dutra, confirma sua relação com a funcionária Adriana Nemer. “Ela entrou aqui em 2000 e eu em 2003. Desde 2005 mantemos união estável. Nosso caso já foi relatado para os órgãos responsáveis e até o final do mês encaminharemos o relato para o setor responsável aqui do ministério. Nosso caso é simples porque estávamos aqui antes. Também porque somos de setores diferentes”, relata Dutra.

1 – Súmula do STF
Em 28 de agosto do ano passado, o STF decidiu pela proibição da prática de nepotismo nos três poderes. De acordo com o texto, ficou proibida a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até 3º grau, inclusive da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento. A decisão também proibiu o nepotismo cruzado, que acontece quando autoridades contratam parentes de outras autoridades para driblar a relação direta de parentesco.

2 – Vulnerabilidade
O Programa Esporte e Lazer das Cidades (PELC) foi criado para suprir a carência de políticas públicas e sociais que atendam às crescentes necessidades e demandas da população por esporte recreativo e lazer. De acordo com o texto de criação do programa, a prioridade deve ser dada para regiões em situação de vulnerabilidade social e econômica, reforçadoras das condições de injustiça e exclusão social a que estão submetidas.

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Benê Lima