Em 2002, foi lançado um filme, dirigido por Steven Spielberg, chamado “Minority Report – A Nova Lei” (já na versão para o Brasil). Nele, crimes eram resolvidos pela polícia, antes mesmo que acontecessem, a partir de “previsões” que apontavam criminosos que ainda não haviam cometido seus crimes (e que, algumas vezes, nem sequer sabiam que o cometeriam).
Pois bem, dia desses em um jogo de futebol profissional, no Brasil, aconteceu algo parecido. Pelo menos, pelas explicações do árbitro do jogo.
Lá pelas tantas, um jogador de uma das equipes desse jogo, deu dois ou três dribles e... Bom, eu deveria substituir as “reticências” por pontos de interrogação e exclamação; mas é tão “surreal” que; hum, “reticências”...
Pois então. O jogador deu dois ou três dribles, e ao final da jogada foi advertido pelo árbitro do jogo.
Não, ele não desrespeitou o adversário... Ele driblou. E não foi nada “espalhafatoso”.
Depois do jogo, o árbitro “A Nova Lei”, disse que sua intenção, ao advertir o “jogador driblador”, era de, na verdade, preservá-lo. Ele pressentiu que algum adversário, estava na iminência de praticar um ato violento, e agredir o tal driblador.
Então, para evitar “o crime”, resolveu coibir o drible.
Isso quer dizer, mais ou menos assim; “que pressentindo o possível crime, puniu a vítima, e deixou feliz, o criminoso”.
O pior, é que no dia seguinte, alguns comentaristas, que falam sobre arbitragem, disseram que o árbitro estava certo; o drible, no caso, foi ato de desrespeito ao adversário...
Desrespeito é se despir da roupa de árbitro e vestir a de juiz (o que o árbitro não é), sem direito.
Não é possível que driblar constitua desrespeito. Se alguém acha que um jogador está fazendo “graça” (o que não foi o caso na situação que descrevi), então faz igual o pessoal lá da Vila Bela, onde na infância joguei muitas peladas; se fez graça, e faz gol, quero no meu time (aplausos!); se fez “graça” sem objetividade, então rouba a bola dele, porque se ele está fazendo graça sem objetividade, então está sem tempo para prestar a atenção no jogo (aí, os próprios colegas de equipe chamam a atenção).
Lá, ninguém cometia crime contra ninguém (pelo menos, não jogando futebol). E nem havia árbitro.
No filme Minority Report, os policiais previam os crimes, e os evitavam, pelo menos, prendendo os criminosos. Já no nosso “surreal” acontecimento, nosso árbitro, prevendo o crime, acabou dando a arma para o bandido, e tentou enjaular a vítima.
Então, que acabe o drible no futebol!
Que saiam todos de campo! E que fiquem apenas alguns árbitros dentro dele (não todos, porque a maioria faz um ótimo trabalho); afinal, não é para assisti-los que a massa preenche os estádios?
Era só o que faltava...
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Benê Lima