Globo renova direitos do futebol de SP
GUILHERME COSTA
Da Máquina do Esporte, em São Paulo
Quando foi fundado, o G4, grupo que reúne Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo, estabeleceu duas metas primordiais: buscar receita a partir da exploração conjunta das imagens e montar um bloco para ampliar a força política da região. Depois de um esfacelamento na eleição do Clube dos 13, que teve duas equipes em cada chapa, a instituição conseguiu unidade em uma negociação e renovou contrato com a Globo para exibição de jogos do Campeonato Paulista nos próximos cinco anos.
A principal vitória do G4 foi fechar um acordo com a Globo independentemente dos outros times que disputam o torneio estadual. O contrato prevê dois padrões de remuneração (haverá um acréscimo no que os clubes recebem a partir do terceiro ano do vínculo), mas os valores não foram divulgados.
Curiosamente, a renovação do acordo entre os quatro clubes e a Globo também tem relação com o Clube dos 13. Fábio Koff, candidato defendido por Palmeiras e São Paulo que foi reeleito neste ano ao comando da entidade, estabeleceu a negociação de TV do torneio nacional como uma de suas prioridades - a Record ainda não fez oferta oficial, mas já demonstrou interesse.
O problema é que os clubes paulistas precisavam adiantar receitas. Se comprometessem cotas do Campeonato Brasileiro, teriam uma situação com a Globo que complicaria as conversas com outras emissoras. Isso fortaleceu a união e a busca por valores mais significativos pela exibição do torneio estadual.
Ainda em função da necessidade, os clubes aceitaram algumas imposições feitas pela Globo na negociação do contrato para o Campeonato Paulista. Isso fez com que a negociação fosse definida com muita agilidade, ao contrário do que se espera para o Brasileiro.
A assinatura do contrato com a Globo ainda serviu para o G4 lançar seu comitê jurídico, formado por advogados indicados pelas quatro equipes. O órgão foi responsável pela análise das minutas de contrato enviadas pela emissora carioca.
Depois disso, o comitê jurídico deve ter um cronograma diferente. Além de analisar contratos fechados pelo G4, o grupo segmentado fará reuniões periódicas para discutir como a entidade pode trabalhar para alterar leis e analisar questões ligadas aos quatro clubes.
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Benê Lima