Eduardo Fantato
Na semana passada fizemos uma brincadeira sobre um suposto diálogo de pessoas que, em época de Copa do Mundo, passam a se envolver com o futebol para ilustrar a importância que o evento exerce sobre as pessoas. O poderio que tem em termos de mídia e envolvimento.
Seja nas inovações nas plataformas de jogo e planejamento das equipes, sejam em inovações das transmissões televisivas e coberturas jornalísticas, seja em todos os segmentos, que direta ou indiretamente atingem o futebol.
Num momento mágico no qual todos param, alguns aceleram e buscam aproveitar o glamour do evento para difundir novos paradigmas que podem durar décadas, um período copal (uma triste analogia deste autor para se referir ao espaço de quatro anos entre as Mundiais) ou ainda apenas o instante no qual acontece a Copa, dada a velocidade das transformações que ocorrem na sociedade hoje.
Em 2006, as manchetes diziam ser a Copa da era dos celulares. Em 2010, o discurso engloba além dos avanços do setor de telefonia, bolas com ranhuras diferenciadas, a era das redes sociais, além, é claro, da perspectiva das transmissões 3D.
Eis uma síntese do que movimenta o ano de Copa do Mundo
• Álbum virtual de figurinhas
Álbum com as fotos de Ronaldinho Gáucho, Adriano e André Santos. E apenas um goleiro: Júlio César
Pode parecer simples, mas desperta uma nova modalidade em expansão ligadas às redes sociais que estão comentadas também mais adiante.
• Bola Jabulani
Bola desenvolvida pela Adidas para a Copa da África, com foco nas ranhuras que ajudam a aumentar o atrito com o ar, principal deficiência da bola anterior - por ser muito lisa, tinha uma trajetória mais influenciada pelo ar.
• Redes Sociais e Convergência Digital
As redes sociais têm na Copa talvez o momento do seu ápice em termos mundiais, com promoções e campanhas especializadas no assunto. Tanto pela perspectiva das próprias redes sociais, como é possível conferir na entrevista de um funcionário do Twitter à rede CNN*.
"Imaginamos que a Copa do Mundo irá superar tudo o que já vimos no Twitter, inclusive as eleições norte-americanas ou o Super Bowl, simplesmente porque é um evento mundial”.
Como também, nas ações de publicidade voltadas para o segmento de convergência digital, igual a alguns casos que observamos com reflexos aqui no Brasil, por exemplo o caso dos projetos ainda em fase de implementação do Chip do Timão e do Clube do Futebol, que englobam serviços de estatísticas, acompanhamento de jogos e outras informações sobre os jogos no celular (que retomaremos num espaço maior em outras colunas).
• Copa 3D
Eis aqui o que pode significar o maior impacto naquilo que se refere às inovações trazidas pelo grande evento Copa do Mundo.
A expectativa da cobertura de até 25 jogos no acordo firmado ente a Fifa e a Sony promete mexer com os ânimos dos mais aficcionados pelo futebol, até aqueles que estariam mais para o diálogo apresentado na semana passada.
No Brasil, a rede Globo também anunciou uma parceria com a Cinemark para a transmissão de alguns jogos em 3D nas salas de cinema da rede em diferentes estados brasileiros.
Resta-nos saber o que dessas prováveis inovações ficarão como legados, o que será passageiro e o que surgirá ou será ressiginificado para os próximos grandes eventos.
Para você, qual será o grande legado tecnológico dessa Copa?
*Fonte: http://edition.cnn.com/2010/SPORT/football/04/26/football.world.cup.social/index.html
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Benê Lima