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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sábado, maio 01, 2010

Religiões pelo mundo
Lúcio rebate polêmica sobre manifestações religiosas no futebol
Evangélico, capitão da seleção afirma que no grupo de Dunga não existe divisão religiosa entre jogadores
Equipe Universidade do Futebol

A caminho da sua terceira Copa como titular, Lúcio salientou sua opinião quanto às críticas acerca da extensão de seu vínculo religioso para os gramados. Apesar de não poder utilizar camisetas com mensagens religiosas nas comemorações, o zagueiro revelou que, mesmo cumprindo a regra, não vai mudar sua postura.

Muitos jogadores, como Kaká, Elano e Lúcio realizam comemorações em referência à suas crenças. Melhor jogador do mundo em 2007, Kaká chega até a projetar uma possível carreira como pastor depois de abandonar os gramados.

No ano passado, após a conquista do título da Copa das Confederações, os brasileiros se reuniram em campo para um culto religioso liderado por Lúcio. O episódio rendeu reclamações por parte da Federação Dinamarquesa de Futebol, que pedia punições para a atitude dos vitoriosos.
O presidente da entidade, Jim Stjerne Hansen, afirmou que a "religião não tem lugar no futebol".

Em virtude das reclamações, a Fifa proibiu qualquer tipo de manifestação política, religiosa ou racial durante as partidas oficiais. Seguidor fiel do evangelismo*, Lúcio garantiu que não vai mudar seu estilo.

“Vou respeitar [a determinação], até porque a Fifa é a instituição maior do futebol, que tem regras que precisam ser respeitadas. Mas, com certeza, a forma de agir dentro do campo não vai mudar. Vai ter um momento certo para a gente passar nossa mensagem [religiosa]”, afirmou o defensor, em entrevista à Folha de S. Paulo.

Quatro anos atrás, surgiram boatos de um possível “racha” na então equipe de Carlos Alberto Parreira, que se preparava para a Copa do Mundo na Alemanha. Sobre a polêmica, o agora capitão da seleção desmentiu os rumores.

Lúcio garante que as conversas na concentração são direcionadas a diversos temas, não há formação de pequenos grupos, e entrosamento e relacionamento coletivo são positivos.

“Em 2006, pessoas levantaram isso, que o grupo estava rachado entre os evangélicos e os outros. Nunca existiu isso. Gente que não conhecia o grupo começou a falar coisas que não existiam. Só quando há oportunidade, como nos dias de folga, fazemos reuniões dos evangélicos”, concluiu.

*Os evangélicos já são 25% dos brasileiros, sendo 19% seguidores de denominações pentecostais, segundo levantamento concluído em março pelo Datafolha.

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Benê Lima