Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sexta-feira, maio 07, 2010

Ricardo Azevedo, diretor de marketing do Vitória
Profissional rubro-negro traça os planos do clube para 2010 e como irá alavancar novos torcedores
Bruno Camarão

O revés por 2 a 1 na partida final do Campeonato Baiano não tirou o brilho da quarta conquista estadual consecutiva do Vitória sobre o arquirrival Bahia. Tampouco serviu para estabelecer uma mudança nos rumos recentes da competição. Mas a medida psicológica e emocional, aflorada ainda mais entre as crianças, pôde ser verificada na segunda-feira seguinte à disputa.

Caracterizado pelo sorriso farto, próprio dos habitantes de uma das cidades turísticas mais visitadas no país, o baiano que é aficionado pelo time tricolor tem fechado suas feições ano após ano, ao presenciar a redução da distância de sua hegemonia local para os rubro-negros. Nas últimas duas décadas, este foi o 15° troféu levantado pelo Vitória, contra nenhum do Bahia. Nas escolas, tradicionais redutos da “formação clubística” dos jovens, isso tem um peso.

“Fora a questão de torcer, os fãs que não são do Vitória apresentam a auto-estima muito para baixo, pois quem tem até 10 anos de idade e não é rubro-negro ainda não foi campeão aqui no Estado. Isso é uma experiência negativa e abala o torcedor enquanto apaixonado, já que se cresce sem essa referência de título”, analisou Ricardo Azevedo.

Mais do que o olhar de torcedor adulto, esse profissional formado em Comunicação Social e pós-graduado em Língua Portuguesa e em Literatura é referendado por números. Diretor do departamento de marketing do Vitória, área na qual também possui especialização, Ricardo tem como uma das frentes de seu trabalho o público infantil.

Desde o fim de 2008 atuando oficialmente no clube, assumiu o cargo que estava vago e buscou dar um rumo diferente à imagem do Vitória, enaltecendo a marca do principal produto – o futebol – e criando novas condições de receita. Além disso, se apegou à história da mais que centenária agremiação, sobre a qual já desenvolveu dois livros de uma trilogia (um já está em circulação).

“Até aqui o planejamento foi bem feito e tem sido muito bem executado. Acho que não tem como dar erro quando isso ocorre, e os resultados aparecem. Não em um, ou dois anos, mas muito em breve estaremos com uma estrutura invejável, disputando título brasileiro”, revelou Ricardo, nesta entrevista à Universidade do Futebol.

Entre outros temas, o diretor rubro-negro traçou as principais ações realizadas nesta temporada, o que está em plano de execução, as expectativas de mudanças relacionadas ao Mundial de 2014 e a importância do retorno do Campeonato do Nordeste.

“Você leva um conteúdo regional interessante, em contraposição àquele que geralmente é mais ‘nacional’, com os jogos das equipes do Sul e Sudeste na televisão. Aquele processo gera muitas vezes uma perda de torcida local para times de fora, os quais você se acostuma a assistir, até pela falta do conteúdo na sua cidade natal”, argumentou.



Universidade do Futebol - Ao assumir o cargo no Vitória, você comentou que o planejamento do marketing do clube se daria em duas frentes: uma institucional e outra mercadológica. E sua maior meta seria não só reforçar, mas reconstruir a imagem da agremiação. Que avaliação pode se fazer desse percurso?

Ricardo Azevedo - Ao nos tornarmos S.A., incorporamos uma linha branca no meio do nosso escudo. Dentro do aspecto mais institucional, nosso projeto de valorização passou não só por uma reformulação da própria marca – sensível, mas que ocorreu –, porque nós retornamos com o referencial histórico do clube.

Retornamos com o projeto de um novo manual de identidade, que na verdade foi a retomada da marca anterior. Acrescentamos o ano de fundação, que é 1899, abaixo do escudo do Vitória.

Essa foi a base do projeto desenvolvido para entrar tanto no nosso manual, quanto em nosso processo de licenciamento. Todos os produtos passaram a ter a marca nova, que era a antiga, só que com muito mais cuidado e zelo.

A preparação da marca e a administração dela foram os nossos maiores cuidados nesse período inicial.

Fora isso, começamos a praticar campanhas institucionais de publicidade, algo que ainda não havíamos feito. Por exemplo, a “Vitória 1899” e a “Paixão na Pele”. Está em curso um planejamento que foi feito lá atrás e está sendo executado.

Nesse sentido, minha avaliação é que o projeto tem tido um andamento muito bom e uma resposta muito interessante da parte de parceiros e da própria torcida, principalmente, no sentido de reconhecer e valorizar a marca do clube cada vez mais.

Universidade do Futebol - A sua relação com o Vitória se iniciou antes mesmo da atuação no departamento de marketing, com a participação da produção da revista oficial do clube. Fale um pouco sobre essa trajetória que transcende a esfera de torcedor.

Ricardo Azevedo - Realmente eu já fiz a revista do clube, há uns oito anos. Depois disso, saí de Salvador, fiquei cinco anos fora da cidade, e pessoas conhecidas minhas, nesse período, estavam na diretoria do Vitória.

Não havia ainda o cargo de diretor de marketing. Fui convidado, mas não pude assumir. Quando retornei à capital baiana, no fim de 2008, ainda existia a vaga e selamos o acordo.

Naquele mesmo ano lancei um livro sobre a história rubro-negra, o que me aproximou novamente das pessoas que trabalhavam no Vitória. Digamos que era um namoro antigo.

Universidade do Futebol - Como você citou a obra ("Eu sou um nome na história - A história do Esporte Clube Vitória. Livro I: Tradição. 1899 - 1939: dos primeiros títulos ao fim do amadorismo"), poderia explicar um pouco sobre esse projeto literário?

Ricardo Azevedo - O livro era para ser um só, mas a história, além de muito grande, tinha muitos desdobramentos, e descobri que havia a necessidade de dividir a obra em três partes. Surgiu a ideia de desenvolver a trilogia do Vitória, com o primeiro livro, nesse caso, falando sobre os primeiros 40 anos do clube; o segundo, sobre os 40 anos subsequentes; e no terceiro livro, a fase mais moderna da agremiação, apresentaríamos a fase restante.

O primeiro já foi publicado, o segundo está pronto, mas ainda não tem previsão de lançamento, por questões pessoais – é um trabalho sem “intenção comercial”, digamos, o que acaba se justificando. Mas espero que ele seja apresentado ao público ainda em 2010.

A obra é completamente desvinculada da diretoria do clube. Quando iniciei o projeto, inclusive, nem me encontrava como profissional do Vitória, e nesse segundo livro segui a mesma linha. É um produto jornalístico, um livro-reportagem, feito por um jornalista.

Universidade do Futebol - Desde que caiu para a Série C do Campeonato Brasileiro, o Vitória realizou um processo de saneamento de dívidas paulatino, até retornar à elite do futebol nacional. Em termos de gestão de futebol, o clube está bem sedimentado para se tornar um referencial?

Ricardo Azevedo - Eu acredito que os números falam por si, independentemente da minha análise política. No ano retrasado, o Vitória não foi deficitário – empatou em despesas e receitas -, e em 2009, por conta de um início de ano fora de programação, voltou a apresentar problemas financeiros.

Neste ano, sofremos uma série de reformas estruturais, diminuindo o investimento no departamento de futebol, valorizando ainda mais as categorias de base ao invés de realizar grandes contratações. Posso garantir que o Vitória é um clube bastante “pé no chão”. E nossa expectativa é fechar a temporada sem nenhum déficit de novo.

Até aqui o planejamento foi bem feito e tem sido muito bem executado. Acho que não tem como dar erro quando isso ocorre, e os resultados aparecem. Pelo fato de grande parte dos clubes brasileiros não assumirem esse tipo de postura, acabam colhendo muitos problemas.

O Vitória já é uma referência porque em 2010, por exemplo, pagou todos os salários do mês rigorosamente em dia, não só aos jogadores, mas a todos os funcionários. É um clube que tem a administração muito focada na eficiência. E confiamos que essa política dará muito resultado. Não em um, ou dois anos, mas muito em breve estaremos com uma estrutura invejável, disputando título brasileiro.



Campeão Baiano de 2010, Vitória ratifica momento positivo, enquanto maior rival se apega às glórias passadas


Universidade do Futebol -
No último fim de semana, o Vitória conquistou mais um título Estadual – o quarto seguido. Já é refletido, em números, o crescimento da torcida rubro-negra, especialmente entre os mais jovens? Que tipo de ações o departamento de marketing vem realizando nesse sentido?

Ricardo Azevedo - Sim. Temos uma projeção aqui que indica: entre torcedores adultos, nosso adversário tem 60% e o Vitória, 40%. Mas abaixo de 10 anos, por exemplo, o Vitória já tem 70% do público cativo, algo facilmente detectável em escolas, festas infantis.

Fora a questão de torcer, os fãs que não são do Vitória apresentam a auto-estima muito para baixo, pois quem tem até 10 anos de idade e não é rubro-negro ainda não foi campeão aqui no Estado. Isso é uma experiência negativa e abala o torcedor enquanto apaixonado, já que se cresce sem essa referência de título.

A linha mestra do nosso projeto para esse ano foi exatamente atender o perfil jovem da torcida. Primeiro, estávamos tentando organizar a casa, para depois prosseguir em um terreno mais sedimentado.

Neste meu segundo ano à frente do clube, a partir do segundo semestre, pegando como mote o Dia das Crianças, vamos iniciar uma série de ações diretamente relacionadas a esse público. Criamos um site infantil, desenvolvemos também personagens para contar a história do Vitória, vamos lançar um livro em parceria com a Editora Globo e o estúdio do Ziraldo sobre a trajetória rubro-negra, além de um mascote mirim reestilizado.

Logo depois da Copa do Mundo, consolidaremos tudo isso, focando essa parcela da população em que o Vitória é dominante. Queremos dar longa vida à nossa marca, ao nosso produto, e obviamente tentar aproveitar essa maré positiva de títulos que conquistamos nas últimas duas décadas*.

*Foram 15 troféus do Campeonato Baiano levantados desde o ano de 1990.



Novo traço do mascote delineado agrada o público jovem do Vitória, alvo do departamento de marketing


Universidade do Futebol -
No dia 13 de maio o Vitória comemora 111 anos. Para simbolizar a data, o clube lançou um selo especial, que será utilizado por toda a temporada. Como surgiu essa ideia e em que produtos licenciados o logo aparecerá?

Ricardo Azevedo - Isso faz parte do projeto de valorização da marca. Na verdade, foi uma ideia pessoal, e queríamos tornar especial para o Vitória cada temporada. Pois a tradição do clube, como centenário, o diferencia de todas as outras equipes do Brasil – pouquíssimos rivais têm essa condição.

Quando o Corinthians, que comemora o centenário agora, nasceu, o Vitória já praticava futebol, por exemplo. E essa tradição tem um valor muito grande: passa a ganhar força cada vez mais, se tornar mais valiosa, ainda mais quando se têm pouquíssimas pessoas que podem usufruir disso.

Essa contagem para nós é positiva e muito importante. Iremos marcar a temporada de 111 anos – não são apenas 11 anos. Esse selo valoriza esse número. E possivelmente teremos o símbolo referente aos 112 anos a partir de janeiro que vem.

Universidade do Futebol - O Vitória possui um memorial virtual, que traça boa parte da história do clube. A concretização do projeto em um espaço físico ocorrerá?

Ricardo Azevedo - Antes de chegar ao clube, eu havia fundado a Fundação Memorial do Vitória. Patrocinei um site, e essa foi minha grande bandeira quando recebi o convite para ser diretor, colocando como contrapartida à minha contratação a prioridade de construção de um memorial rubro-negro. Disse que cobraria o apoio da presidência e dos outros executivos, e isso tem sido cumprido.

Já investimos mais de R$ 150 mil na reforma dos troféus do clube, projeto que já está em fase quase final – em dois ou três meses deverá estar concluído. Também temos o projeto da área dentro do clube para a construção desse memorial, e estamos na etapa de aprovação do plano para construir efetivamente o espaço.

Tive conversas com o curador do Museu do Futebol do estádio do Pacaembu, além de ter visitado alguns outros empreendimentos fora do país, mas tentaremos fazer uma adequação às nossas possibilidades.

O museu do Vitória tem importância para o futebol brasileiro, em virtude da rica história do nosso clube, e nossa intenção é levar isso para o memorial. Com menos interatividade e tecnologia do que o Museu do Futebol – não temos e nem pretendemos ter os R$ 50 mi para alavancar um projeto como aquele –, mas iremos ser efetivos com criatividade, preservando nossa trajetória, atendendo a torcedores, curiosos, pesquisadores, historiadores.

Não é um projeto simples. Temos apenas uma previsão de concretização desse investimento. E tudo será feito com calma, dentro da nossa atual realidade.

Universidade do Futebol - O que representa para o processo de internacionalização do clube o amistoso contra o PSV, da Holanda, no próximo domingo?

Ricardo Azevedo - É a primeira vez que o PSV vem ao Brasil, há um acompanhamento da imprensa holandesa, e realmente terá uma importância muito interessante para a internacionalização da marca do Vitória. Mas é muito pouco se não acoplarmos a esse jogo outros projetos.

Diante de um calendário brasileiro que prejudica muito a realização de amistosos, da própria pré-temporada fora do país, esperamos retomar esse intercâmbio que sempre tivemos, principalmente através das nossas categorias de base.

No ano passado, o Vitória já disputou dois torneios na Alemanha, foi campeão de ambos, e quer ratificar isso a cada temporada.

Apesar do caráter da internacionalização, esse amistoso contra o PSV foi pensado principalmente no sentido de comemorar o aniversário do clube com um evento de uma proporção diferente daquilo que estávamos acostumados – uma festa, um show, uma missa, um jantar, etc. Mostrar que o Vitória tem porte e potencial, hoje, para realizar um duelo como esse.

Universidade do Futebol - Qual a importância da retomada do Campeonato do Nordeste para a região e qual o papel que o Vitória assume no plano de ação desse projeto?

Ricardo Azevedo - Inicialmente, o Vitória gostaria que esse torneio voltasse apenas no ano que vem, pois o planejamento seria mais efetivo. Mas está certo que ele começará em 2010, estamos cientes disso, a nossa equipe estreia em junho, e entraremos esperando que o plano dê certo.

O principal objetivo do Campeonato do Nordeste é a valorização da região, não só pelas rivalidades locais, mas também para fornecer a essas torcidas um conteúdo diferenciado – muitos clubes daqui estão fora das principais disputas nacionais, como o Santa Cruz e o Fortaleza, por exemplo.

Você leva um conteúdo regional interessante, em contraposição àquele que geralmente é mais “nacional”, com os jogos das equipes do Sul e Sudeste na televisão. Aquele processo gera muitas vezes uma perda de torcida local para times de fora, os quais você se acostuma a assistir, até pela falta do conteúdo na sua cidade natal.

Nesse sentido, a competição vai ser muito importante, e ajudará também o Vitória a estabelecer e consolidar sua marca na região. Somos um dos principais beneficiados dessa retomada, pois somos uma das maiores referências em termos esportivos no Nordeste.



Sucesso no início dos anos 2000, projeto interestadual volta; Vitória mira colher frutos e consolidar marca na região


Universidade do Futebol -
De maneira geral, como é a tratada a questão das receitas dos clubes e a atuação da mídia no Brasil? Como o Vitória, especificamente, discute a questão dos royalties, direito de transmissão e exposição da marca?

Ricardo Azevedo - Acredito que o ponto principal nesse caso, visto que cada clube tem seu modelo de gestão específico, é a negociação das cotas de televisão e de marketing efetivamente pelas competições das quais a equipe participa.

Isso acabou sendo muito homogeneizado nos últimos tempos por conta da negociação única do Clube dos Treze com a televisão. A participação do Vitória tem sido muito pequena, do mesmo tamanho da dos outros clubes. O C13 faz a negociação, e apenas fazemos parte do mesmo.

Esse ano tentamos uma mudança na própria diretoria do grupo – o Vitória fez parte da chapa do Kléber Leite, que pelo menos nos abriu espaço –, e acompanhamos de perto o desenrolar político do futebol brasileiro, que com certeza sofrerá algumas mudanças com a Copa do Mundo de 2014.

Universidade do Futebol - Você acredita que o principal entrave para que se vislumbre maiores valores e benefícios aos clubes é a falta de organização e a rivalidade muitas vezes acirrada entre essas diretorias? O fortalecimento da competição, como um todo, em detrimento dos interesses individuais, não seria mais interessante?

Ricardo Azevedo - Com certeza. Nessa questão, penso que o maior entrave não sejam os clubes, propriamente, mas a distância entre as agremiações, federações, e mesmo a confederação. Essa falta de sintonia entre os representantes do futebol é o que acaba atrapalhando mais.

A tendência é que o mercado se amadureça aos poucos, e a Copa-14 reflita um novo cenário da modalidade no país, não por mérito dos dirigentes, mas por circunstâncias que acabam, digamos, se tornando urgentes nesse sentido de desenvolvimento do mercado e do produto futebol.

Universidade do Futebol - Diante dos recentes discursos da Fifa, você acredita que há alguma possibilidade de a Copa do Mundo de 2014 não ser realizada no Brasil? Qual a sua percepção sobre esse evento no país?

Ricardo Azevedo - Não vejo essa possibilidade. A África do Sul, que tinha problemas muito mais sérios que o Brasil, por exemplo, não correu esse risco. Eu acredito que o país tem todas as condições de cumprir a sua parte nesse projeto e iremos à frente.

A Copa deve transformar não só o futebol brasileiro, mas o país inteiro, em termos de desenvolvimento estrutural das cidades. Os governos entendem assim, isso já é fato consumado, e não vejo como fugirem dessa oportunidade, que é uma obrigação para eles, de capitalizar ao longo de toda a história. O evento só tem benefícios.

Universidade do Futebol - De que forma o Vitória irá participar desse evento, em se considerando que Salvador é uma das cidades-sede do Mundial?

Ricardo Azevedo - O que o governo da Bahia entende é que Copa do Mundo é legado. Se ela é legado, quem vai receber esses benefícios é o torcedor baiano. E este torcedor, no grosso, tem duas equipes. Consequentemente, os clubes também ganharão.

Acho que o Vitória está muito alinhado com as representações da organização local a fim de tentar fazer com que o evento seja um grande sucesso, especialmente aqui na nossa cidade, e que o legado seja algo efetivamente positivo para a sociedade.

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Benê Lima