Os primeiros projetos de infraestrutura aprovados para a Copa do Mundo de 2014 já estão oficializados na pauta do governo federal. Oito obras de mobilidade urbana em Brasília, Recife e Salvador terão R$ 1,5 bilhão financiado com dinheiro do FGTS, o que representa 89% do valor a ser gasto.
Prefeituras e governos estaduais, portanto, deverão investir outros R$ 183 milhões referentes a esses planos estratégicos, que fazem parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) planejado para Mundial.
Até o ano em que será realizado o megaevento esportivo, a União deve liberar R$ 9 bilhões para garantir que as cidades-sede tenham uma estrutura mínima de mobilidade urbana. Gastos com ampliação de aeroportos e reformas nos estádios não compõem o montante.
Na última segunda-feira, no “Diário Oficial da União”, os primeiros projetos aprovados foram publicados. Outras 40 obras devem ser autorizadas até o fim do mês.
Entre as cidades contempladas, Recife foi a que mais recebeu dinheiro – foram R$ 589 milhões para o desenvolvimento de uma via expressa, faixas exclusivas para ônibus especiais e uma estação de metrô. A capital pernambucana ainda pretende construir uma arena de R$ 529 milhões para 46 mil lugares.
Brasília obteve a liberação do financiamento de R$ 361 milhões para a construção de um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), obra que foi alvo de uma operação do Ministério Público local por suspeita de fraudes na licitação. O Distrito Federal também tem em plano a construção de um estádio para 70 mil lugares, que deve custar mais de R$ 700 milhões e ser o mais caro da Copa-14.
Por fim, a capital baiana terá para si R$ 541 milhões do governo federal, verba que será usada para construir uma linha de ônibus especiais de 28 quilômetros, com terminais e faixas exclusivas. O estádio de Salvador, com capacidade para 50 mil lugares, está orçado em R$ 591 milhões.
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Benê Lima