Por MARTINS ANDRADE
Engenheiro agrônomo, radialista, cronista esportivo e político. Fui colaborador do jornal Tribuna do Ceará, onde escrevi vários artigos inseridos nas páginas "opinião" e "esportiva" do jornal. Como radialista, trabalhei na Rádio Iracema, Ceará Rádio Clube e Rádio Verdes Mares de onde me desliguei em dezembro/99 e voltei a usar o microfone da Ceará Radio Clube até meados de 2007. Hoje atuo como cronista político e esportivo escrevendo de forma irreverente e verdadeira através da internet, além fronteiras.
Um fato curioso ocorre com a profissão de jornalista no Brasil.
Acontece com essa categoria de profissionais o que não acontece com seu outro quase homônimo de profissão: o radialista. Este é o único profissional que não pode dispor de um veículo próprio para exercitar sua profissão.
Possuir uma rádio no Brasil é um luxo que só os abençoados políticos têm.
Já o jornalista, não. Este tem toda a abertura para criar seu próprio meio de trabalho, seja uma revista, um jornal, um panfleto qualquer… E correr atrás de propaganda para a mídia por ele criada.
Seria ótimo para o país se alguns desses profissionais pudessem enfrentar esse desafio. Formar uma equipe para se contrapor ao que acontece, hoje, não só em nosso país, mas no mundo.
Seria interessante que se fizesse uma seleção para o profissional que comporia essa nova entidade.
Mas, como seria a chamada para se encontrar esse profissional?
Poderia ser:
Precisa-se de jornalista que tenha coragem de trabalhar por conta própria, isto é, ser o que sua profissão já o determina: um profissional liberal, não se sujeitando aos escorchantes e aviltantes salários que lhes são pagos por um patrão que nem jornalista é.
Precisa-se de jornalista que não chame aquele patrão de colega.
Precisa-se de jornalista que tenha a coragem de dispensar aquele patrão e ser, ele mesmo, seu próprio patrão.
Precisa-se de jornalista com coragem suficiente para criar seu próprio negócio midiático e quebrar o monopólio de cinco ou seis famílias, que controlam o emprego de milhares de profissionais, que se formam todos os anos neste país.
Precisa-se de jornalista que busque a informação e ouça os envolvidos de um lado e outro da matéria que lhe foi pautada.
Precisa-se de jornalista que não use seu computador como o painel de uma arma teleguiada, a mando do patrão ou de interesses de terceiros, para destruir reputação de quem quer que seja.
Precisa-se de jornalista para levar a informação correta, sem distorção, a qualquer brasileiro, esteja ele contra ou a favor dos fatos relatados.
Precisa-se de jornalista que paute a pauta pelo desenrolar dos fatos, e não a de livre escolha de pessoas que lhes compram a opinião.
Precisa-se de jornalista que não venda sua opinião.
Precisa-se de jornalista que escreva uma matéria e ao final o leitor sinta-se informado.
Precisa-se de jornalista que emita sua opinião em seu editorial, mas respeitando também a opinião do povo, quando lhe for confrontado.
Precisa-se de jornalista que não confunda a liberdade de imprensa (a livre informação) com a libertinagem – o direito de ele desvirtuar a honra das pessoas, as quais não gozam de sua predileção ou amizade.
Precisa-se de jornalista que paute seu trabalho, sempre, no combate às desigualdades sociais, como determina a oração do jornalista:” E que o meu trabalho contribua para diminuir a desigualdade social, e ajude a melhorar a qualidade de vida do planeta.
Precisa-se de jornalista que exerça a profissão que lhe foi ensinada nos bancos da faculdade, lhe foi confiada e que se comprometeu em seu juramento:.
“Juro / exercer a função de jornalista / assumindo
o compromisso / com a verdade e a informação. /
Atuarei dentro dos princípios universais/ de
justiça e democracia,/ garantindo principalmente
/ o direito do cidadão à informação. /
Buscarei o aprimoramento / das relações
humanas e sociais,/ através da crítica e análise
da sociedade,/ visando um futuro/ mais digno e
mais justo/ para todos os cidadãos brasileiros./
Assim eu Juro.“.
Precisa-se de jornalista
.
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Benê Lima