GUILHERME COSTA
Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP
O governo federal aprovou no dia 20 de setembro um pacote de mudanças na política pública de esportes. Uma das inovações foi a criação do projeto “Cidade Esportiva”, um pacote de incentivos fiscais para locais que admitirem adotar determinada modalidade. Por trás disso está um projeto para “amarrar” todas as iniciativas recentes no segmento.
Com a criação de cidades esportivas, o governo federal conseguirá mapear a prática de esportes e a revelação de atletas no Brasil. Um exemplo é Cruz das Almas (BA), cidade que terá um centro de formação bancado pelo projeto esportivo que a Petrobras lançou na última segunda-feira. Segundo levantamento da companhia, a região é um dos principais polos de produção de boxeadores no país.
“Nós tentamos identificar problemas e resolver aos poucos. Os atletas diziam que o dinheiro de patrocínios muitas vezes não chegava a eles, e por isso nós criamos a Bolsa Atleta. Também solucionamos uma carência antiga com a Lei de Incentivo ao Esporte, que era um plano de renúncia fiscal para essa área. Mas faltava algo que amarrasse isso tudo, e esse projeto é o começo”, explicou Ricardo Leyser Gonçalves, secretário de alto rendimento do Ministério do Esporte.
Até o momento, o governo federal recebeu quase 50 projetos de cidades esportivas. A lista conta, por exemplo, com planos de handebol para São Bernardo do Campo e de canoagem para Rio de Janeiro e Caxias do Sul.
A ideia do ministério é usar o projeto para delinear um mapa da formação de atletas no Brasil. As cidades esportivas serão alinhadas a outro projeto, de criação de centros regionais para cada modalidade.
“Vamos ver, por exemplo, qual região tem uma cultura mais forte para a prática de determinada modalidade. Isso nos ajudará a desenvolver ações para aquele público”, completou Leyser Gonçalves.
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Benê Lima