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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

quarta-feira, outubro 13, 2010

Xavi enaltece filosofia futebolística do Barcelona

Jogador do clube desde os 11 anos, meia revela trabalho realizado nas categorias de base

Equipe Universidade do Futebol

Campeão de tudo o que disputou na temporada 2008/2009, além de outras conquistas na temporada seguinte, o Barcelona se tornou referência mundial devido ao seu futebol consistente dos últimos anos. Com um toque de bola paciente e muita qualidade técnica, aliada a um posicionamento que beira à perfeição, o estilo de jogo do Barça é definido desde as categorias inferiores do clube, determinando um trabalho que atravessa gerações.

Vestindo a camisa 6 do time, Xavi Hernandez se tornou um dos símbolos da equipe. Muito criativo e apelidado de “La Máquina” pelo primor de seus passes, o jogador revelou, em entrevista ao portal oficial da Uefa, a importância do projeto do Barcelona nas categorias de base para a construção do atual elenco.

“Tinha 11 anos quando aqui cheguei, e a filosofia futebolística deste clube foi incutida em mim desde o início. O mais importante nesta fase é a vontade de aprender. A filosofia é a de que o resultado é o que menos interessa", disse o meia.

Destaque nas assistências, o meio-campista também falou sobre os ensinamentos práticos que teve no clube. Inicialmente criticado por sua lentidão em campo, Xavi revelou algumas peculiaridades nos treinamentos de jovens atletas catalães.

"Fomos ensinados a jogar em triângulos, e a ter a bola sempre em movimento. Criam-se bons hábitos, como aprender os pontos fortes dos nossos companheiros e jogar sempre de cabeça levantada", explicou.

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Segundo Xavi, os benefícios para a equipe principal do clube são evidentes. “Jogar de forma inteligente, passar para o pé direito de um jogador destro, ou para o esquerdo de um canhoto. Antes de receber a bola, já saber o que fazer com ela. Podem ver o resultado desse desenvolvimento, com oito ou nove jogadores-chave da equipa principal do Barcelona oriundos dos escalões jovens. Formam a base sob a qual a equipe é construída", declarou ainda em entrevista ao site.

Comandado por Josep Guardiola, Xavi não poupou elogios ao seu treinador. Também provindo da academia do clube, o técnico foi promovido como uma aposta do presidente Juan Laporta, que chegou a ser criticado, já que os dirigentes tinham José Mourinho como preferido para a vaga.

"Eu acreditei em Pep. Ele é empenhado, meticuloso, uma pessoa entusiástica. Tem uma convicção enorme nas suas crenças e a habilidade de transmitir toda a sua energia a quem o rodeia. Sei que existiram algumas dúvidas devido à sua pouca experiência, mas quando alguém externo ao Barcelona chega ao clube, tem de se lhe mostrar como as coisas funcionam. O Pep sabe o que tem de fazer”, elogiou.

Ex-jogador do clube na década de 1990, Guardiola chegou ao Barcelona também quando era jovem. Tinha apenas 13 anos. Ao ser promovido para os profissionais, conquistou a Liga dos Campeões e o Campeonato Espanhol e mais dois títulos na temporada seguinte. Porém, uma sequência de contusões o deixou afastado dos gramados. Quando voltou, ainda ganhou a Copa do Rei e as Super e Recopa Européias antes de se mover para o Brescia, na Itália.

“É o homem certo para o cargo, mas até mesmo a pessoa mais otimista não poderia imaginar que as coisas iriam correr tão bem. É muito calmo, não deposita muitas responsabilidades nos ombros dos jogadores", diz Xavi. "Encoraja-os a divertirem-se em campo e aproveita ao máximo a vida privilegiada que temos. Pep destaca a manutenção da posse da bola e a sua circulação rápida. Dá três ou quatro ideias-chave sobre o adversário, como vai jogar e como temos que reagir. A conversa não dura mais que dez minutos. Acima de tudo, foca-se nos conceitos”.

Questionado se o sucesso do Barcelona seria algo passageiro, Xavi rebateu, exaltando o talento dos jogadores e deixando de lado o conceito de que a vitória está relacionada apenas à força.

"Não creio que o nosso estilo de jogo tenha passado de moda. O talento é o aspecto-chave no futebol moderno. A habilidade natural e o talento são mais valiosos que a força física. Podem colocar em campo 11 jogadores fortes fisicamente, mas isso não será suficiente para vencer. Tem sido sempre assim ao longo dos anos", concluiu o jogador.

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Benê Lima