Para presidente da Uefa, árbitros têm de impor respeito perante atletas
Equipe Universidade do Futebol
O assunto “tecnologia para auxílio à arbitragem” foi novamente colocado à pauta. Em entrevista publicada no site da federação de futebol escocesa, o presidente da Uefa, Michel Platini, condenou o que ele chama de “futebol de Playstation” e novamente se mostrou contrário a aparatos tecnológicos colocados na linha do gol.
Na avaliação do ex-jogador francês, uma solução mais interessante é o uso de mais de um árbitro. Na Liga dos Campeões desta temporada, assim como ocorrera na Liga Europa do ano passado, um árbitro auxiliar atrás de cada gol presta esse tipo de apoio ao responsável pela partida.
“Um árbitro não é o suficiente, não na era moderna com 20 câmera. É injusto: as câmeras podem ver tudo, mas o árbitro tem apenas um par de olhos. Toda vez que ele erra, as câmeras estão lá para focar nisso”, analisou Platini.
“Essas pessoas vão errar e para ser um árbitro você tem que ser masoquista. O árbitro tem que ser ajudado pelos clubes, torcedores, jogadores, imprensa e também as autoridades. Todo mundo tem responsabilidade”, acrescentou.
O discurso do mandatário da entidade que comanda a modalidade no Velho Continente vai na contramão de uma expectativa criada pela International Football Association Board, que aprovou na semana passada que as empresas apresentassem propostas para o uso desta tecnologia no esporte, depois de muita pressão de diversas partes do mundo após a Copa da África.
Platini acredita que um passo interessante e mais conservador no sentido de ver melhores resultados no apito deve ser dado pelos próprios árbitros. “Eles têm o poder de ganhar respeito”, disse o dirigente, completando seu raciocínio:
“Quando eu era jogador, se eu fosse cara a cara com um árbitro e recebesse um cartão amarelo, eu não iria para perto dele novamente. Se o árbitro não me mostrou um cartão amarelo, eu iria ver fraqueza nele e faria novamente. Essa é a realidade”, finalizou.
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Benê Lima