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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

quarta-feira, outubro 27, 2010

Jornal O Povo, através do jornalista Bruno Balacó, destaca Seminário Durban-Fortaleza

É preciso sonhar alto

De passagem por Fortaleza, a chefe de Projetos Estratégicos para o Mundial de 2010 da Prefeitura de Durban, na África do Sul, Julie-May Ellingson, prega que é preciso pensar longe quando o assunto é Copa

O estádio Moses Mabhida, em Durban, que recebeu o jogo entre Brasil e Portugal, foi construído para funcionar como arena multiuso. Seu diferencial é um bondinho por cima do campo (RAFAEL LUIS)

No mapa, Fortaleza e Durban aparecem bem distantes uma da outra. Enquanto a primeira está situada na América do Sul e é capital do Ceará, a segunda é banhada pelo Oceano Índico e fica na África do Sul. Mas apesar de estarem em continentes distintos, separadas por milhares de quilômetros, as duas cidades apresentam muitas semelhanças. A principal delas está no fato de ambas terem sido escolhidas como subsedes de Copa do Mundo em seus países - Fortaleza em 2014 e Durban este ano.

Mas as coincidências não param por aí. Durban, assim como Fortaleza, tem cerca de três milhões de habitantes, possui vocação para o turismo, com praias, parque aquático e aquário como principais atrações. Se já não bastassem os pontos em comum, as duas cidades pensaram em um estádio com capacidade de 60 mil espectadores para receber os jogos do Mundial.

Com tudo isso, não fica difícil entender por que a chefe da Unidade de Projetos Estratégicos para o Mundial de 2010 da Prefeitura de Durban, Julie-May Ellingson, veio ontem a Fortaleza, a convite da Secretaria do Esporte do Estado (Sesporte), que, em parceria com a Prefeitura de Fortaleza e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), para o Seminário de Intercâmbio Técnico Durban-Fortaleza.

Na pauta do encontro, muitos conselhos e a apresentação de um modelo considerado um caso de sucesso na África do Sul. O segredo, para Julie-May, está em “pensar longe”. “A essência do nosso projeto foi investir em ações de longo prazo em todas as áreas, que pudessem gerar impacto no mínimo em 20 anos”, pontuou Julie-May, em coletiva à imprensa.

A “menina dos olhos” de Durban é o estádio Moses Mabhida, inaugurado no ano passado e usado durante a Copa na África do Sul. A praça esportiva é hoje uma arena multiuso e encontra perspectiva de vida longa. “O estádio tem um alto padrão de sustentabilidade porque, além de jogos de futebol, também realiza competições de críquete, rúgbi e é um dos principais pontos turísticos da cidade”, explica Julie-May, ressaltando que o estádio possui como grande atração um bondinho que percorre um enorme arco de 350 metros de extensão por cima do campo. Do ponto mais alto, o bondinho proporciona uma vista panorâmica da cidade.

CONSELHOS DE JULIE-MAY

> Na avaliação de Julie-May Ellingson, o item que deve ser colocado em 1º lugar para as subsedes da Copa do Mundo é a segurança. “Em Durban conseguimos lidar muito bem com o problema porque trabalhamos com a polícias estadual e federal de forma unificada e cada uma sabia o seu papel. Espantamos a fama de cidade insegura”, disse.

> Julie-May lembrou que Durban passou pelo mesmo problema de Fortaleza no que diz respeito a ter um turbulento processo de licitação para a reforma do estádio para a Copa do Mundo. “Aconselhamos que a questão não seja levada ao Tribunal, que seja evitado qualquer litígio. É preciso fazer um acordo com as partes”.     Bruno Balacó

    

           Bruno Balacó  /  brunobalaco@opovo.com.br

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Benê Lima