Eduardo FantatoPesquisar, inovar, variar e apresentar possibilidades aos fãs deve ser prioridade; setor técnico deve ser criadoOlá, amigos!
No último texto, propusemos levantar questões relativas aos aspectos tecnológicos que um clube de futebol pode oferecer para seu torcedor. Solicitamos que vocês enviassem via e-mail, Twitter ou Facebook algumas sugestões. Vamos a elas:
- Utilização de recursos que auxiliam a comissão técnica na tomada de decisões;
- Games e jogos eletrônicos com a marca, atletas e imagem do clube (Pro Evolution Soccer, Fifa EA Sports, entre outros);
- Games e aplicativos para celulares em diferentes plataformas, com níveis de interatividade, informações e complementos atuais e diversificados;
- Site mais atrativo, interativo, com dados e informações que tragam o torcedor de volta.Esses tópicos sintetizam as respostas recebidas, algumas mais fortes num determinado grupo, outras fazendo alusão a mais de uma opção.
Em síntese, tivemos a participação de 32 pessoas, que se caracterizam entre profissionais do meio e torcedores. Se ampliássemos o debate e o prazo, poderiam surgir alguns outros aspectos, mas acredito que muitos estariam relacionados aos tópicos extraídos das opiniões dos amigos que colaboraram.
O clube deve identificar os anseios de seu público. Pesquisar, inovar, variar, trazer novas possibilidades, e não apenas insistir no que já tem por ai (vide exemplo do Steve Jobs).
O que acontece muitas vezes hoje no universo do futebol é alguém de uma empresa do setor de tecnologia que resolve oferecer seus serviços ao clube. No clube, quem recebe não está apto nem com o foco para essas questões. Diante disso temos algumas consequências:
1. Não há negócio e não se consegue estabelecer um diálogo.2. A empresa oferece recursos que o clube não consegue avaliar e adota sem obter resultados, culminando na desistência do acordo.
3. O clube solicita recursos que a empresa tem dificuldade de entender e não consegue assimilar e fica distante do que é desejado.
A utilização dos recursos tecnológicos como entretenimento para o torcedores deve ser pensada com estrutura e cabeça organizacional.
Aqui, listo alguns pontos que julgo importantes:
• O clube deve ter um setor preocupado com isso, que domine a linguagem técnica para lidar com tais empresas.• As empresas devem estudar o consumidor do futebol e entendê-los como fanáticos e diferentes de um clube para o outro. O torcedor do Avaí pode e com certeza deve ter uma forma diferente de interagir com seu clube do que o torcedor do Náutico, ainda que a essência de torcedor seja a mesma.
• Os clubes devem planejar suas ações, com estudos, pesquisa de mercado, análise de variáveis e tendências.
• Sobretudo, o clube ou dirigente que atua nesse setor deve ter a mente aberta e entender que nem sempre o que ele gosta e usa é o que o público espera e, sobretudo, que inovação e novos recursos são riscos, mas podem ser recompensadores. Desta forma, evitaria ficar na mesmice, esgotando possibilidades e formas que em termos tecnológicos já são ultrapassadas.
Os clubes devem olhar para frente, com planejamento, pesquisa e coragem de inovar. Não dá para aceitar clubes investindo em mensagens SMS e apostando no sucesso da internet 3g no país. Cá entre nós, ainda que tenha de melhorar em termos tecnológicos, isso é passado: já se fala em 4G.Que tal investir em soluções que venham com essa tecnologia e ser pioneiro? Do contrário, corre-se o risco de acontecer igual à TV digital no Brasil: quando as empresas começarem a trabalhar conteúdos e interatividade para oferecer ao público, já será algo obsoleto.
Clubes: ouçam seus torcedores. Mas, mais do que isso, surpreenda-os. Como? Investindo, arriscando e inovando.Tags: Fantato, Tecnologia, Informática, negócios, torcida, investimento, clubes, gestão de futebol
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Sinopse
"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."
CALOUROS DO AR FC
quarta-feira, outubro 12, 2011
Clubes: invistam em entretenimento tecnológico
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Benê Lima