Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

terça-feira, outubro 11, 2011

Rodrigo Barp] Por que não?

“A INOVAÇÃO é também aquilo que você deixa de gastar em pesquisa e desenvolvimento antes que uma ideia se torne um produto.” – Benê Lima
Steve Jobs pode inspirar inovação da gestão no futebol a partir de conceitos de equipe, liderança e saberes

Steve Jobs se foi.

Sua gestão à frente da Apple foi revolucionária.

De um homem inspirado, muito daquilo que fez ao longo da trajetória na empresa americana foi inspirador para todos nós – mesmo que não pertencentes à geração X, Y ou Z.

A linha de produtos da Apple virou sinônimo de inovação.

Jobs deu à tecnologia um status importante atrelado a nossa vida, cada vez mais consumista e “pop”.

Virou objeto de desejo ter algum “i” em casa – iPhone, iPad, iPad, iMac. Ou todos eles.

Porém, a experiência do usuário sempre foi levada em conta, uma vez que, aliado ao design, a funcionalidade e simplicidade dos produtos era buscada à exaustão.

O uso confortável e intuitivo dos aparelhos é algo unânime.

Jobs, diz-se, falara que um dos pensamentos favoritos que adotava em sua vida era o do irlandês George Bernard Shaw: “Alguns homens veem as coisas como são, e dizem 'Por quê?' Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo 'Por quê não ?”

Muito do que vemos na gestão do futebol está impregnado de arquétipos antigos, acomodados num tradicionalismo limitador de evolução e crescimento das instituições.

Não se pergunta, não se questionam as causas daquilo que não funciona na administração de clubes, campeonatos, federações, jogadores, patrocinadores.

Apenas se acostuma a responder “porque sim”. Ou, a mais clássica: “futebol é assim mesmo. Futebol é diferente de qualquer outra coisa.”

Não, não é. Para mim, não é.

Para mim, é mais uma atividade complexa, que deve ser estudada e administrada como tantas outras.

Como uma empresa de tecnologia, por exemplo.

No já famoso discurso de Jobs que circula há tempos na internet, a uma turma de formandos de Stanford, nos EUA, o próprio invoca que, num de seus livros de cabeceira na juventude, a mensagem final recomendava o seguinte: “Continue faminto. Continue ingênuo”.



 

Não sou applemaníaco. Não tenho (ainda) nenhum produto da Apple.

Mas tenho certeza de que Jobs pode inspirar a inovação da gestão no futebol.

Ou isso não se aplicaria aos clubes:

“A inovação não tem nada a ver com a quantidade de dólares que você investe em pesquisa e desenvolvimento. Quando a Apple lançou o Mac, a IBM estava gastando no mínimo 100 vezes mais em P & D. Não é uma questão de dinheiro. É a equipe que você tem, como você lidera e quanto você entende da coisa”. (Jobs, para a Revista Fortune, em 1998)

Por que não?

Think different.

 

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Benê Lima