Para treinador do grupo principal, contato com Ney Franco e demais integrantes da comissão técnica do sub-20 é benéfico para confirmação de ideias
Equipe Universidade do Futebol
As impressões são positivas: esse foi o panorama geral traçado por Mano Menezes, técnico da seleção brasileira principal, em sua passagem semanal por Arequipa. Lá, ele acompanhou o desempenho da equipe sub-20, comandada por Ney Franco, bem como manteve um diálogo com os profissionais envolvidos na comissão técnica da base.
O comandante gaúcho, em entrevista coletiva concedida na última segunda-feira, disse que a renovação do grupo independe dos resultados na competição continental realizada no Peru, que dá uma vaga para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Além disso, reiterou a filosofia implantada no novo modelo de gestão técnico da CBF: a formação dos grupos depende do material humano à disposição.
“Já vinha acompanhando de perto com conversas diárias não só com o Ney (Franco), que é o treinador, mas com o Sidnei (Lobo, assistente da seleção principal) e com o Carlinhos Neves (preparador físico). Confirmei com eles esse bom ambiente. É o primeiro passo para se fazer um bom resultado”, comentou Mano.
“Com todos caminhando na mesma direção, a possibilidade de se fazer um resultado é maior. Que os adversários sejam somente os outros e que nós busquemos os melhores objetivos. Vamos iniciar uma fase decisiva e todos sabem o que viemos buscar aqui”, completou.
Para Mano, é importante abordar a questão tática neste momento. Ele acredita que existem muitas variações em termos de plataformas e modelos de jogo para se colocar em campo com foco no melhor desempenho de um time. Tudo, entretanto, está relacionado aos jogadores utilizados em cada circunstância.
“O importante é a filosofia de jogo. Estamos com o objetivo de recuperar um protagonismo. Sempre foi a característica do futebol brasileiro e não depende da questão tática. O técnico respeita a característica dos jogadores, e o Ney, por exemplo, está fazendo isso em termos táticos”, indicou o ex-treinador de Corinthians e Grêmio.
Em um processo inicial de trabalho desenvolvido na seleção principal, assim como Ney Franco está coordenando as categorias de base e treinando o time sub-20, a avaliação é de que é um pouco cedo para se falar em lideranças, em capacidade técnica. Mano crê que são precisos mais parâmetros e caberá aos observadores analisar o desempenho nos jogos ao longo da temporada.
“Fizemos uma boa primeira parte, mas temos que confirmar na segunda. É assim que o futebol funciona e lá na frente podemos fazer uma avaliação mais justa. Não só com os jogadores, mas com a seleção como um todo”, sinalizou Mano, que encara no próximo dia 9, em Paris, a seleção da França.
Atletas que estiveram presentes na última Copa do Mundo e não vinham sendo convocados, como o goleiro Júlio César, em especial, buscam a retomada de um espaço. Mano garante que procura ser justo e respeitar a história particular de cada um
“Procuro respeitar quem esteve aqui antes e acho desnecessário fazer uma avaliação do que foi feito. O ponto para frente que devemos enxergar é de quando assumimos o trabalho. Não sei se estamos fazendo a mesma coisa ou não, mas estamos conduzindo da maneira que achamos corretas”, acrescentou Mano, que tocou novamente no tema “integração de áreas”.
“Temos que recuperar algumas coisas que já têm sido feitas no futebol. Os profissionais estão trabalhando cada vez mais de uma forma integrada. Não pode ter esse abismo na base e não pode ter essa mesma situação da base para os profissionais”, finalizou.
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Benê Lima