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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sábado, agosto 14, 2010

Em busca do ‘sangue palmeirense’, Scolari retoma parceria com psicóloga

Treinador admite que está ‘cansado de perder’ e anuncia contratação de Regina Brandão, que traçará perfil individual no grupo alviverde

Equipe Universidade do Futebol

Luiz Felipe Scolari está cansado de perder. Após manter um tom de serenidade diante dos primeiros resultados negativos à frente do Palmeiras, o treinador demonstrou uma mudança em seu humor. Para corroborar o que pensa, ele anunciou o retorno de uma parceria de sucesso: Regina Brandão, referência na área de psicologia do esporte, auxiliará o comandante.

"O nosso elenco é bom, mas ainda estamos encontrando uma formação ideal. Estou identificando os meus jogadores. Vamos começar a trabalhar com a Regina Brandão e daí vou traçar um perfil dos meus jogadores”, anunciou Felipão, durante uma longa entrevista coletiva realizada na Academia de Futebol, na última sexta-feira.
A psicóloga já trabalhou com o treinador na primeira passagem dele pelo Palestra Itália e nos tempos de seleções brasileira e portuguesa, durante a preparação para a disputa de Copas do Mundo.
“Até pouco tempo atrás, eu avisei que precisaria de uns 15 ou 20 dias para montar e conhecer meu elenco. Para piorar, perdi jogadores importantes, de qualidade. Quando tivermos todos à disposição, vai ser diferente”, garantiu.

Se o tempo não é um fator aliado do staff na tentativa de propor novos trabalhos técnico-táticos e desenvolver propostas, Scolari quer, de imediato, uma mudança na postura. Ele conta também com atletas como Marcos, Edinho, Danilo e Marcos Assunção, os quais englobam experiência, títulos no currículo, e passagem pelo exterior.

“Está faltando um pouco mais de sangue palmeirense. Aquele espírito de briga, de identificação com o clube. Não estou pedindo para amar o Palmeiras, mas que honrem essa camisa, coloquem a cara para bater e façam algo de bom para o Palmeiras. Esse clube é apaixonante e sempre existiu um envolvimento maior dos jogadores com a instituição. Quero ver isso novamente”, desabafou Scolari.

“Eu ganhei tudo na carreira, mas não voltei ao Brasil para passar vergonha. Quero ganhar tudo de novo e fazer uma nova história. O Palmeiras é um dos maiores clubes do mundo e quero que os meus jogadores entendam isso. Já falei com todos eles sobre a importância do Palmeiras no cenário brasileiro e mundial”, acrescentou.

O treinador revelou que o grupo formado em médio prazo terá um perfil vitorioso. Ele não admitirá atletas que não tenham esse tipo de mentalidade. Afastamentos e dispensas aos que não se enquadrarem no padrão estão no planejamento estratégico.

“ Já disse à diretoria que não quero que contratem só por contratar. Estou analisando o perfil de cada jogador e não quero ser derrotado como está acontecendo. Estou de saco cheio de perder. Paciência tem limite até para mim”, finalizou.

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Benê Lima