Redação Portal IMPRENSA
Jornalistas e radialistas de Sergipe promoveram um ato público no Calçadão da João Pessoa, na última quarta-feira (11), para exigir aumento salarial de 10% e no percentual de horas extras. O grupo recebeu o apoio de representantes de diversos sindicatos. A manifestação teve a presença dos presidentes do Sindicato dos Jornalistas de Sergipe (Sindijor/ SE), George Washington, e do Sindicato dos Radialistas, Fernando Cabral.
De acordo com o Sindijor/SE, o grupo de profissionais de imprensa usou carro de som e panfletos para chamar a atenção das pessoas que passavam pelo Calçadão para sua luta por melhores condições de trabalho e salário. Além disso, destacaram o fato de muitos políticos e candidatos a cargos eletivos serem proprietários de veículos de comunicação no estado.
Washington declarou que as negociações entre funcionários e patrões devem beneficiar os dois lados e que é preciso discutir as necessidades das categorias para que as reivindicações avancem. "Não dá para negociar sobre o que somente interessa ao patrão. INPC não é reajuste, é reposição inflacionária, e queremos discutir as pautas das categorias, que foram rasgadas na negociação", disse o presidente do Sindijor.
Incluem-se nas solicitações das categorias o aumento do valor do auxílio-alimentação, a decretação de feriado no Dia do Jornalista (7 de abril) e a liberação de dirigentes sindicais.
Para Cabral, a situação dos jornalistas sergipanos exigiu este tipo de ato público: "A maioria recebe piso, que acaba por virar teto salarial. Há alguns anos, recebíamos o equivalente a três salários mínimos. Hoje, não chega a dois e nenhum avanço em cláusulas sociais. Isso é humilhante. Vamos continuar essa luta nas ruas, denunciando essa realidade, caso as negociações não avancem", informou.
Os presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Dudu Marques, e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/SE), Edval Góes, também apoiaram a manifestação dos profissionais de imprensa.
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Benê Lima