RODRIGO CAPELO
Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP
O Ceará voltou à primeira divisão do Campeonato Brasileiro em 2010, do qual esteve afastado desde 1993, e surpreendeu. Comandado pelo técnico Paulo César Gusmão, posteriormente contratado pelo Vasco, o time nordestino liderou o campeonato nacional e perdeu fôlego apenas depois da pausa para a Copa do Mundo. Em termos de bilheteria, o clube também impressiona pela regularidade.
Em dez partidas, foram arrecadados cerca de R$ 3,4 milhões e lucrados R$ 1,9 milhão. Outros clubes promovidos à elite após bons resultados na Série B de 2009, o Guarani levantou em torno de R$ 1,7 milhão, com lucro de R$ 1 milhão, enquanto o Atlético-GO obteve desempenho similar: R$ 1,5 milhão em receitas e R$ 1 milhão recebidos.
O melhor resultado no ano foi diante do Corinthians, pela oitava rodada, quando o valor arrecadado ultrapassou os R$ 974 mil. Quando desconsiderado o pico proporcionado pela popularidade do time paulista, porém, a média de receita da equipe cearense se mantém em R$ 297 mil.
Com aproveitamento similar, tradicionais equipes brasileiras obtiveram números inferiores ao do Ceará. O Grêmio, no Rio Grande do Sul, teve média de R$ 192 mil e o São Paulo, hexacampeão nacional, atingiu R$ 268 mil no mesmo quesito. Se a partida contra o Corinthians for levada em consideração, a média do clube cearense ultrapassa R$ 348 mil por partida.
A fidelidade do torcedor cearense só foi abalada na 17ª rodada, contra o Grêmio Prudente, quando arrecadou R$ 123 mil e lucrou R$ 43 mil. A média de público do Ceará no primeiro turno foi a terceira maior do país, com aproximadamente 21 mil pessoas por jogo, atrás somente de Corinthians e Fluminense, líderes isolados.
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Benê Lima