EDUARDO LOPES
Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP
O Juventude ficou por 13 anos seguidos na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Nesse período, teve glórias como um título estadual e uma Copa do Brasil, em 1998 e 1999, respectivamente. No entanto, após as sucessivas quedas desde 2007, hoje o clube tenta juntar os cacos espalhados pelo caminho, que foram evidenciados com o recente rebaixamento à Série D. O objetivo é recuperar o time até 2013, data do seu centenário.
Para alcançar seus mais ambiciosos objetivos, o marketing do Juventude tenta mudar a imagem passada pelo clube atualmente, de crise, para aquela que o marcou durante a década de 1990, de time grande no cenário nacional. O vice-presidente de marketing, Mauro Trojan, explica qual é a intenção: “O nosso planejamento não pode ser de curto prazo. Nós queremos parceiros que acreditem no nosso projeto de quatro anos”.
Esse projeto consiste em conseguir investimentos com novas oportunidades de negócios. Um exemplo é o uso do estádio Alfredo Jaconi. Localizado em uma área nobre de Caxias do Sul, a diretoria do clube quer transformar o local em uma arena de fato, ou seja, com outras possibilidades além do futebol.
A ideia é vender os espaços dentro do estádio para empresas, transformando-o em um centro comercial. A diretoria tem como trunfo nesse quesito a boa conservação do Alfredo Jaconi. Com capacidade para um pouco menos de 25 mil pessoas, o local foi recentemente reformado e, hoje, está até com uma nova pintura.
Para a captação de novos torcedores, o clube quer atingir os mais jovens, precisamente aqueles entre 6 e 12 anos. Esse é o público prioritário do projeto Geração Papo, que consiste em receber visitas de escolas da cidade no estádio do time. Cada um que participa ganha como brinde uma assinatura do programa de sócio-torcedor do Juventude, em um pacote com gratuidade por um ano. Com o projeto, o clube já recebeu 4 mil jovens.
Outra vertente para novos torcedores está nos projetos sociais desenvolvidos pelo clube. O intuito é fazer visitas aos bairros mais pobres da cidades, passando experiências e benefícios e, por conseguinte, fidelizando informalmente esse público ao Juventude.
Para Mauro Trojan, essas ações visam a “valorização do clube, e não da equipe atual, que não está bem”. A ideia é conseguir parceiros para um projeto longo, algo como já foi feito na década de 1990; na época o time tinha a Parmalat como patrocinadora. Hoje a situação é de difícil sustentação: “Temos estrutura e gastos de Série A, mas em um calendário de Série C e D, que deixa o time seis meses sem jogar”, reclamou Trojan.
Caso o Juventude consiga os investimentos necessários, a direção do clube aposta em uma ascensão tão vertiginosa como a apresentada em sua queda. Subindo de divisão em todos os anos, o time estaria na Série B em 2013, ano do seu centenário. A intenção é comemorar a data festejando a eminente volta à Série A.
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Benê Lima