EDUARDO LOPES
Da Máquina do Esporte, São Paulo – SP
Neste domingo, o Fortaleza disputará com o Águia de Marabá a classificação do grupo A do Campeonato Brasileiro da Série C. Para a diretoria do clube, o sucesso dessa empreitada não será refeltido apenas em campo: a possibilidade de voltar à Série B não traz um alívio somente à sua torcida, a maior no Estado segundo a pesquisa Lance!-Ibope de 2010, mas traz também um alívio financeiro para a diretoria que assumirá o clube em 2011.
Para o presidente do Fortaleza, Renan Vieira, existem dois problemas para a atual gestão conseguir novos recursos provenientes de patrocínios: a presença na Série C e o sucesso do Ceará. “Como o nosso rival está bem na Séria A do campeonato, fica mais difícil as empresas investirem na gente”, afirmou o presidente.
O Ceará, que possui a terceira torcida de seu Estado, atrás de Flamengo e do próprio Fortaleza, tem feito um Campeonato Brasileiro surpreendente. O time chegou a liderar a competição junto com o Corinthians, antes da parada do torneio para a Copa do Mundo. Com média de 21,5 mil pessoas, o clube tem a quarta maior média de público no Nacional. Mesmo com os jogos já em andamento, tal campanha resultou no fechamento de contratos de empresas como a Fisk e a Neo Química.
O contraste vivido pelo Fortaleza se reflete na busca por patrocínios. “Se a gente passar para a Série B já melhora muito. A Série C é que é muito complicada”, lamenta Renan Vieira. O presidente deixará o seu posto daqui a dois meses, quando um novo nome deverá ser eleito.
Nos últimos anos, o Fortaleza esteve na divisão principal do Campeonato Brasileiro durante as temporadas de 2005 e 2006 e caiu para a Série C em 2009, mesmo ano em que o Ceará subiu para a Série A.
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Benê Lima