RODRIGO CAPELO
Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP
A confusão generalizada no Couto Pereira, estádio do Coritiba, em dezembro de 2009, ainda dá sinais de ter alterado parcialmente algumas diretrizes do marketing alviverde. Depois de romper relações e proibir a presença de torcidas organizadas, o time paranaense pretende ampliar o número de sócios e torcedores entre mulheres e crianças, com o intuito de criar ambiente familiar na arena.
"As pessoas que entram em nosso site, leem os principais jornais e assistem aos principais programas esportivos sabem de tudo o que estamos fazendo", explica o diretor de marketing, Roberto Pinto Júnior, à Máquina do Esporte. "Estamos tentando buscar um público diferenciado, que não está acostumado a acompanhar nossas ações".
Para atingir essa meta, o departamento desenvolveu nova estratégia de comunicação e criou postos móveis com atendimento ao torcedor. Essas ferramentas foram espalhadas entre supermercados, parques, praças e cabeleireiros. "Antes só usávamos os meios voltados para o público masculino", conta. "Agora utilizamos novelas, jornais e programação em horário infantil para divulgar campanhas".
O atendimento móvel tem agradado muito a direção do Coritiba. Até a volta ao Couto Pereira, após meses afastado devido à punição do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o número de sócios adimplentes foi ampliado para 16 mil, número que esteve em 2,5 mil após a confusão no fim de 2009. O diretor afirma que famílias que romperam a filiação estão voltando aos poucos ao clube.
Com o intuito de incentivar a presença de crianças no estádio, por exemplo, o Coritiba lançou promoção na qual são distribuídos ingressos para meninos e meninas. Acompanhados de um responsável, ambos têm entrada gratuita para jogos. "Mas o pai tem de estar com a criança", conclui Pinto Júnior. "Sozinho, não entra".
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Benê Lima