Técnico Wolney Dias recebe
Troféu Bola 5
(02.02.2010) COM PÉ E CABEÇA – ANO V – Nº171 ®
”A educação representa o mais poderoso instrumento para romper com a lógica cruel que tem tomado conta de uma sociedade doentia.” Benê Lima
Opinião
COMO O ÁRBITRO É MOLDADO
A formação profissional do árbitro só poderá ser completa se ele tiver uma base educacional, do ponto de vista dos valores humanos
Dominar as regras não é suficiente para um bom árbitro. O aspecto técnico é parte, apenas, de sua formação. Se ele não tiver como suporte uma boa base educacional, sobretudo no que concerne aos valores humanos, as dificuldades serão ainda maiores.
Muitos são os lances interpretativos na arbitragem, e é neles que o árbitro faz e desfaz seu nome, sua reputação, sua imagem enfim. A regra de ouro da arbitragem não é formal, ou seja, não integra o livro das dezessete regras. A informal regra dezoito é a do bom-senso. E para que o árbitro dela possa lançar mão, é preciso que tenha base de valores morais e éticos, sem o que ele, a seu bel prazer, se servirá da mobilidade por ela permitida para moldar suas interpretações.
É ruim para o árbitro imaginar que somos facilmente enganados por suas escolhas. Na verdade, muitos de nós conseguimos enxergar tanto a urdidura quanto a ardileza que se fazem presentes, em alguns casos, na capacidade de moldação da regra dezoito. E o exemplo marcante disto pôde ser visto no clássico-rei, através da arbitragem de Wladyerisson Oliveira, que no afã de gerar equanimidade, apossou-se da disciplina para subtraí-la.
Outro aspecto que precisa ser lembrado, é que o futebol não precisa de árbitros acomodadores, e menos ainda de arbitragens pusilânimes. De outra parte, o talento precisa ser preservado, tanto quanto a integridade física dos atletas. E isso faz parte da legislação esportiva, mais do que do que das regras de arbitragem.
Além disto, a categoria dos árbitros precisa enxergar o que lhe faz bem e o que lhe faz mal. E cada oportunidade que se perde para auto-afirmação da classe, acaba insculpindo uma espécie de estigma que a deixa parcialmente desacreditada.
Lamentável postura.
EFEMÉRIDES
Clássico rende dividendos aos rivais
Para o Ceará, perder representaria o aprofundamento da crise política sobre a qual o clube está mergulhado. Para o Fortaleza, outra vez colocaria em xeque a competência do treinador, gerando dúvidas quanto ao processo de recuperação da equipe.
Assim, as possíveis perdas de ambos foram de pequena monta, sendo assimiladas sem problemas. O mais importante para as duas equipes foi vê-las ombreadas pelos aspectos positivos advindos do clássico, validando o que vem sendo realizado no Tricolor do Pici, e criando a expectativa real da potencialidade do grupo do Alvinegro de Porangabussu.
Ficou claro que o time do Fortaleza não é ruim como dizem alguns, nem o do Ceará é tão bom como queriam muitos, sobretudo quando a perspectiva for o Brasileirão Série A. Ao considerarmos as duas realidades distintas – de Ceará e de Fortaleza – fica evidente que o time do Pici está mais próximo de atingir o patamar aceitável que o time de Porangabussu.
O principal progresso observado no Alvinegro foi a disposição para a luta. Do prisma técnico, a equipe demonstrou algumas limitações, tanto no setor de meio-campo quanto no de ataque. Taticamente, a falta de organização e padrão eficiente ficou patente. As laterais (esquerda e direita) não tem sequer a desenvoltura da temporada passada. Tanto o meio-campo defensivo quanto o ofensivo perderam em produção. As soluções que vem sendo tentadas enfraqueceram as transições ofensiva e defensiva. O ataque, por fim, perdeu em poder de penetração e na amplitude das jogadas.
No Fortaleza, vejo que Luiz Muller já tem duas equipes-base para trabalhar duas concepções primárias de jogo: uma mais ofensiva, outra mais cautelosa. Uma delas com um meia-de-ligação, que arma e faz a aproximação com o ataque (Bismarck), e dois atacantes, sendo que um deles trabalha mais pelos lados do campo, enquanto o outro joga mais enfiado. A outra com três volantes, um deles de mais pegada (Leandro) e os outros dois que saem mais para o jogo. Evidente que não fica só nisto. Há uma miríade de evoluções dentro das tais plataformas táticas, propiciadas pela dinâmica do jogo e dos próprios esquemas.
O maior mérito de Luiz Muller no clássico foi ter tido uma atitude proativa de melhor distribuição das peças e ocupação dos espaços. Daí o melhor desempenho de sua equipe no primeiro tempo. O mérito de René Simões, embora menor, foi sua atitude reativa, que se fez notar pela entrada de Jorge Henrique para segurar o lateral Peter, e de Leozinho para tentar abrir o sistema defensivo tricolor. Ademais, o posicionamento mais adiantado de Heleno fez com que os zagueiros alvinegros jogassem na sobra, e não mais no mano a mano.
Enfim, um clássico dentro do contexto do nosso futebol. Não é justo esperarmos mais.
BREVES & SEMIBREVES
Duelo
Entre os treinadores não teve vencido nem vencedor no clássico. Luiz Muller teve melhor desempenho, pois foi mais proativo; René Simões foi mais reativo, razão pela qual perdeu um ponto. Nota 7 para ele, e 8 para Muller.
Leozinho
Mais parece certo conselheiro alvinegro, que se quer “maior” que o presidente da executiva. Um treinador de orelha lhe fará grande bem, já que possui técnica apurada. Precisa desenvolver um jogo mais coletivo, fazendo do drible um elemento facilitador e não objeto de exibição.
Jurandir Jr.
Dá mostra de que sua comunicação possui vícios que precisam ser corrigidos. Pegar o atleta errado no aeroporto e levá-lo ao hotel para só depois descobrir a gafe nos parece arrogância.
Faixa
No Castelão com os seguintes dizeres: “Violência contra a mulher é crime.” Pergunto: Só contra a mulher? E contra as demais pessoas, é o quê?
Wolney Dias
Vem de assumir o Quixadá e em sua estréia consegue virada histórica: 4 a 3, depois de estar perdendo por 3 a 0. Esse eu conheço e assino embaixo. Trabalhador, disciplinador e cooperativo.
DO TWITTER
Algumas do nosso twitter
@ Wlady vê e finge que não vê. É mais um que copia o detestável estilo Simon de ser e apitar. Estilo que causa danos às finanças dos clubes.
@ Tenho muito boa-vontade com nossos árbitros. Mas não gosto do estilo meio cínico do Wladyerisson. Amarelou e pipocou em alguns lances.
@ Comentar uma partida restringindo-a a "um jogo fraco", é também debilidade intelectual do comentarista. Afinal, pra que tamanha expectativa?
@ Goleiro tricolor Fabiano vai se firmando e com méritos segura titularidade. Várias vezes já o vi jogar como líbero por trás da zaga.
@ Gaibu cumpriu papel tático importante, abrindo espaços p/ Tatu. Bismarck foi o gde armador da partida, destacando-se enquanto teve fôlego.
@ Grande estréia do técnico Wolney Dias pelo Quixadá frente ao Limoeiro. Seu time perdia por 3 a 0 e fez vira-vira para 4 a 3. Saúde boa!
@ Comentar uma partida restringindo-a a "um jogo fraco", é também debilidade intelectual do comentarista. Afinal, pra que tamanha expectativa?
@ Ceará apresenta uniforme pobre e sem patrocinador. Indago: Os contratos de patrocínio terminaram ou é falta de respeito mesmo?
@ FALHA NA COMUNICAÇÃO. Jurandir Jr. vai ao aeroporto Pinto Martins e pega atleta do Caucaia e o leva ao hotel. Descobre a gafe e volta ao aeroporto p/ fazer a emenda. Embora Ivá Monteiro não acredite, o Caucaia existe. O referido atleta está vindo do São Caetano/SP. Eh!
Benê Lima
benecomentarista@gmail.com
www.blogdobenelima.blogspot.com
www.twitter.com/benelima2010
(85) 8898-5106
”A educação representa o mais poderoso instrumento para romper com a lógica cruel que tem tomado conta de uma sociedade doentia.” Benê Lima
Opinião
COMO O ÁRBITRO É MOLDADO
A formação profissional do árbitro só poderá ser completa se ele tiver uma base educacional, do ponto de vista dos valores humanos
Dominar as regras não é suficiente para um bom árbitro. O aspecto técnico é parte, apenas, de sua formação. Se ele não tiver como suporte uma boa base educacional, sobretudo no que concerne aos valores humanos, as dificuldades serão ainda maiores.
Muitos são os lances interpretativos na arbitragem, e é neles que o árbitro faz e desfaz seu nome, sua reputação, sua imagem enfim. A regra de ouro da arbitragem não é formal, ou seja, não integra o livro das dezessete regras. A informal regra dezoito é a do bom-senso. E para que o árbitro dela possa lançar mão, é preciso que tenha base de valores morais e éticos, sem o que ele, a seu bel prazer, se servirá da mobilidade por ela permitida para moldar suas interpretações.
É ruim para o árbitro imaginar que somos facilmente enganados por suas escolhas. Na verdade, muitos de nós conseguimos enxergar tanto a urdidura quanto a ardileza que se fazem presentes, em alguns casos, na capacidade de moldação da regra dezoito. E o exemplo marcante disto pôde ser visto no clássico-rei, através da arbitragem de Wladyerisson Oliveira, que no afã de gerar equanimidade, apossou-se da disciplina para subtraí-la.
Outro aspecto que precisa ser lembrado, é que o futebol não precisa de árbitros acomodadores, e menos ainda de arbitragens pusilânimes. De outra parte, o talento precisa ser preservado, tanto quanto a integridade física dos atletas. E isso faz parte da legislação esportiva, mais do que do que das regras de arbitragem.
Além disto, a categoria dos árbitros precisa enxergar o que lhe faz bem e o que lhe faz mal. E cada oportunidade que se perde para auto-afirmação da classe, acaba insculpindo uma espécie de estigma que a deixa parcialmente desacreditada.
Lamentável postura.
EFEMÉRIDES
Clássico rende dividendos aos rivais
Para o Ceará, perder representaria o aprofundamento da crise política sobre a qual o clube está mergulhado. Para o Fortaleza, outra vez colocaria em xeque a competência do treinador, gerando dúvidas quanto ao processo de recuperação da equipe.
Assim, as possíveis perdas de ambos foram de pequena monta, sendo assimiladas sem problemas. O mais importante para as duas equipes foi vê-las ombreadas pelos aspectos positivos advindos do clássico, validando o que vem sendo realizado no Tricolor do Pici, e criando a expectativa real da potencialidade do grupo do Alvinegro de Porangabussu.
Ficou claro que o time do Fortaleza não é ruim como dizem alguns, nem o do Ceará é tão bom como queriam muitos, sobretudo quando a perspectiva for o Brasileirão Série A. Ao considerarmos as duas realidades distintas – de Ceará e de Fortaleza – fica evidente que o time do Pici está mais próximo de atingir o patamar aceitável que o time de Porangabussu.
O principal progresso observado no Alvinegro foi a disposição para a luta. Do prisma técnico, a equipe demonstrou algumas limitações, tanto no setor de meio-campo quanto no de ataque. Taticamente, a falta de organização e padrão eficiente ficou patente. As laterais (esquerda e direita) não tem sequer a desenvoltura da temporada passada. Tanto o meio-campo defensivo quanto o ofensivo perderam em produção. As soluções que vem sendo tentadas enfraqueceram as transições ofensiva e defensiva. O ataque, por fim, perdeu em poder de penetração e na amplitude das jogadas.
No Fortaleza, vejo que Luiz Muller já tem duas equipes-base para trabalhar duas concepções primárias de jogo: uma mais ofensiva, outra mais cautelosa. Uma delas com um meia-de-ligação, que arma e faz a aproximação com o ataque (Bismarck), e dois atacantes, sendo que um deles trabalha mais pelos lados do campo, enquanto o outro joga mais enfiado. A outra com três volantes, um deles de mais pegada (Leandro) e os outros dois que saem mais para o jogo. Evidente que não fica só nisto. Há uma miríade de evoluções dentro das tais plataformas táticas, propiciadas pela dinâmica do jogo e dos próprios esquemas.
O maior mérito de Luiz Muller no clássico foi ter tido uma atitude proativa de melhor distribuição das peças e ocupação dos espaços. Daí o melhor desempenho de sua equipe no primeiro tempo. O mérito de René Simões, embora menor, foi sua atitude reativa, que se fez notar pela entrada de Jorge Henrique para segurar o lateral Peter, e de Leozinho para tentar abrir o sistema defensivo tricolor. Ademais, o posicionamento mais adiantado de Heleno fez com que os zagueiros alvinegros jogassem na sobra, e não mais no mano a mano.
Enfim, um clássico dentro do contexto do nosso futebol. Não é justo esperarmos mais.
BREVES & SEMIBREVES
Duelo
Entre os treinadores não teve vencido nem vencedor no clássico. Luiz Muller teve melhor desempenho, pois foi mais proativo; René Simões foi mais reativo, razão pela qual perdeu um ponto. Nota 7 para ele, e 8 para Muller.
Leozinho
Mais parece certo conselheiro alvinegro, que se quer “maior” que o presidente da executiva. Um treinador de orelha lhe fará grande bem, já que possui técnica apurada. Precisa desenvolver um jogo mais coletivo, fazendo do drible um elemento facilitador e não objeto de exibição.
Jurandir Jr.
Dá mostra de que sua comunicação possui vícios que precisam ser corrigidos. Pegar o atleta errado no aeroporto e levá-lo ao hotel para só depois descobrir a gafe nos parece arrogância.
Faixa
No Castelão com os seguintes dizeres: “Violência contra a mulher é crime.” Pergunto: Só contra a mulher? E contra as demais pessoas, é o quê?
Wolney Dias
Vem de assumir o Quixadá e em sua estréia consegue virada histórica: 4 a 3, depois de estar perdendo por 3 a 0. Esse eu conheço e assino embaixo. Trabalhador, disciplinador e cooperativo.
DO TWITTER
Algumas do nosso twitter
@ Wlady vê e finge que não vê. É mais um que copia o detestável estilo Simon de ser e apitar. Estilo que causa danos às finanças dos clubes.
@ Tenho muito boa-vontade com nossos árbitros. Mas não gosto do estilo meio cínico do Wladyerisson. Amarelou e pipocou em alguns lances.
@ Comentar uma partida restringindo-a a "um jogo fraco", é também debilidade intelectual do comentarista. Afinal, pra que tamanha expectativa?
@ Goleiro tricolor Fabiano vai se firmando e com méritos segura titularidade. Várias vezes já o vi jogar como líbero por trás da zaga.
@ Gaibu cumpriu papel tático importante, abrindo espaços p/ Tatu. Bismarck foi o gde armador da partida, destacando-se enquanto teve fôlego.
@ Grande estréia do técnico Wolney Dias pelo Quixadá frente ao Limoeiro. Seu time perdia por 3 a 0 e fez vira-vira para 4 a 3. Saúde boa!
@ Comentar uma partida restringindo-a a "um jogo fraco", é também debilidade intelectual do comentarista. Afinal, pra que tamanha expectativa?
@ Ceará apresenta uniforme pobre e sem patrocinador. Indago: Os contratos de patrocínio terminaram ou é falta de respeito mesmo?
@ FALHA NA COMUNICAÇÃO. Jurandir Jr. vai ao aeroporto Pinto Martins e pega atleta do Caucaia e o leva ao hotel. Descobre a gafe e volta ao aeroporto p/ fazer a emenda. Embora Ivá Monteiro não acredite, o Caucaia existe. O referido atleta está vindo do São Caetano/SP. Eh!
Benê Lima
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