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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sexta-feira, junho 04, 2010

Faltaram argumentos

Treinador do Avaí aponta clima como fator benéfico para bom início do Ceará
Equipe cearense venceu todas as suas partidas atuando em casa, sem sofrer gols; catarinenses sofreram com forte calor
Equipe Universidade do Futebo

A partida entre Ceará e Avaí, na última quarta-feira, foi disputada no horário das 21 horas. Mesmo sem a presença do sol escaldante tradicional do Nordeste, os catarinenses sofreram com a sensação térmica mais elevada e se desgastaram bastante. O resultado de 2 a 0 para os anfitriões se construiu na etapa final do duelo. E, na avaliação do treinador Péricles Chamusca, foi reflexo da ambientação climática.

“Nossa estratégia era dar uma segurada no ritmo no primeiro tempo, em virtude do desgaste grande com o calor. Tentamos cadenciar o jogo, e até conseguimos cansar a equipe deles, mas não saímos com o resultado positivo”, sinalizou o comandante da equipe de Florianópolis.

“Para quem não está acostumado, vindo de uma região fria, como a gente, quando chega a Fortaleza tem uma desidratação muito intensa, e isso cria um desgaste nos atletas”, apontou.

Coincidência ou não, em todas as rodadas em que atuou como anfitrião, o Ceará saiu vitorioso. Na estreia, diante do Fluminense, vitória por 1 a 0. Placar repetido nos duelos contra Vitória e Cruzeiro. Todos os gols, à exceção do feito nos cariocas, foram anotados após o intervalo.

“Todas as equipes sofreram com isso, e se o adversário quiser começar o jogo no mesmo ritmo a ser impresso no segundo tempo, não conseguirá”, previu Chamusca.

COMENTÁRIO.

Não pretendo transformar as opiniões de Péricles Chamusca, competente técnico do Avaí, em pretexto para para desfiar um rosário de impropérios contra o cidadão. De maneira alguma. Contudo, considero oportuno atuarmos no campo das idéias - e somente neste campo - para tentarmos refutar os sofismas por ele levantados. Pelo visto Chamusca não viu os jogos do Ceará, pois se visto tivesse saberia que o fator condicionamento físico esteve mais ou menos equiparado entre o desempenho do Ceará e de seus adversários. Portanto, o que vem ocorrendo é um acréscimo na dinâmica de jogo da equipe na etapa final dos jogos, mas isto tem ocorrido em função das substituições feitas pelo técnico PC Gusmão, na maioria das vezes de forma reativa face aos equívocos que tem cometido na escala de determinados jogadores. O principal destes equívocos tem sido a insistência na manutenção em campo do meia Geraldo. Este, como o único meia de origem responsável pela armação da equipe, em sendo anulado como sistematicamente o tem sido, debilita a equipe em termos de sua ofensividade, sobrecarrecando os laterais alvinegros, bem como a Misael - único atacante a atuar pelos flancos e a representar a melhor opção em termos de contra-ataques.


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