Copa faz Fifa lutar contra emboscada
GUILHERME COSTA
Da Máquina do Esporte, em Johanesburgo (África do Sul)
A primeira fase da Copa do Mundo de 2010 criou uma luta da Fifa contra estratégias de marketing de emboscada no interior dos estádios. A cada jogo, faixas e roupas aparecem nas arquibancadas para tentar promover marcas que não apoiam a entidade.
Na segunda-feira, a Fifa chegou a expulsar 36 torcedoras holandesas do jogo de sua seleção contra a Dinamarca. A partida foi disputada no estádio Soccer City, em Johanesburgo, e as garotas usavam miniblusas que fazem parte da campanha da cerveja Bavária em seu país.
Em nota publicada no site oficial da Fifa, o porta-voz Nicolas Maingot afirmou que o governo da África do Sul considera todas as medidas legais cabíveis para reclamar da tentativa.
Os ingressos das torcedoras holandesas eram da ITV, emissora do Reino Unido. Eles foram dados às garotas por Robbie Earle, funcionário do canal, que acabou demitido por conta da celeuma.
Ainda assim, a tentativa de marketing de emboscada voltou a acontecer na terça, durante Brasil x Coreia do Norte. Na arquibancada situada em frente às câmeras de TV, torcedores estenderam faixas com a marca Pacific Blue, uma produtora de roupas do Brás, em São Paulo.
A "campanha" da Pacific Blue contou com duas faixas no estádio Ellis Park. Voluntários que trabalham para a Fifa nos estádios têm sido orientados a tirar qualquer manifestação por escrito e ,permitir apenas bandeiras.
Nesta quinta-feira, durante o jogo entre Argentina e Coreia do Sul, houve um terceiro caso. Uma faixa com as cores da bandeira da seleção sul-americana foi estendida na lateral do estádio Soccer City, mas ela continha o endereço do site de viagens Despegar.com.
Nos casos dos jogos de Brasil e Argentina, a Fifa não tomou nenhuma medida contra as ações de emboscada além de retirar as faixas. Nesta quinta, o adereço foi retirado antes de a partida começar.
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