EDUARDO LOPES
Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP
A Gatto de Rua e o São Paulo firmaram um acordo no dia 1 de julho que estabeleceu que a marca poderia fazer roupas casuais do clube, como produto licenciado. Nesta terça-feira, foram apresentados os modelos que serão vendidos, uma coleção que inclui camisetas, jaquetas, camisa pólo, vestidos e tops. O que diferencia a venda é que metade desses produtos é direcionada exclusivamente ao público feminino.
Dois fatores foram considerados pela Gatto de Rua para estabelecer essa divisão. O primeiro é uma pesquisa realizada pelo instituto Sport Track que apontou que, hoje, o público nos estádios brasileiros já conta com 41% de presença das mulheres. Para Elaine Guapo, diretora comercial da empresa, as mulheres buscam alternativas às camisas de jogo: “Nós criamos moda para o futebol nessa linha casual, que é pouco trabalhada”.
Outro fator de incentivo foi a experiência da própria empresa. A Gatto de Rua mantém contrato semelhante com o Santos e já está na terceira linha de produtos para o time. Na primeira, a roupagem destinada às mulheres era limitada. “No início, tínhamos uma ou outra camiseta feminina, mas tinha muita procura”, afirmou Guapo. Agora, 30% da venda dos artigos santista da empresa são da linha feminina.
Além da preocupação com a moda no futebol, outro fator foi decisivo para o avanço da Gatto de Rua no esporte: sua experiência com camisetas promocionais. Ao trabalhar para empresas e fazer artigos em curto espaço de tempo, a loja passou a ter como diferencial a capacidade para produzir material comemorativo, que necessita de uma larga produção imediata. O caso mais evidente foi o modelo “voltei”, referente ao retorno de Robinho ao Santos. Com a camisa recém criada, foram vendidos dois mil modelos em uma semana.
Independente do gênero do modelo, a ideia central da Gatto de Rua é oferecer ao torcedor um modelo do qual ele possa ir tanto ao estádio quanto a um evento social informal. Com esse preceito, ela também produz para a Portuguesa, além de São Paulo e Santos. Por acordo, a fabricante de roupa paga 10% do seu faturamento com os produtos em royalties para os clubes envolvidos.
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Benê Lima