Talento argentino sempre teve grande apoio caseiro e mostra atributos psicológicos que o diferenciam dos jogadores comuns
Maria Luciana Vainstoc
Aos 12 anos, Lionel Messi não imaginava ser a estrela que é hoje. Ele só queria jogar futebol. Uma insuficiência hormonal marcou seu crescimento, tanto físico, quanto desportivo. E também o marcou psicologicamente.
Com apenas 22 anos, em plena fase adolescente, “La Pulga” parecia um adulto, dentro ou fora do campo. Ao talento esportivos, somou-se uma força mental que não correspondia a qualquer outro jogador da sua idade.
Desde o início, teve uma enorme determinação em relação aos objetivos que queria alcançar. Muito tímido, muito centrado, muito maduro, sempre mostrou grande disposição para fazer o melhor de si.
Quando ele fraturou o osso malar, após uma cotovelada sofrida na equipe de juniores, deixou o hospital e jogou a final contra o Espanyol com uma máscara protetora - Messi tinha pegado-a emprestado de Carles Puyol. Usou por 10 minutos, ficou irritado porque estava desconfortável, tirou e foi ao embate. Ele jogou o jogo inteiro com o rosto fraturado...
Há dois pilares que são essenciais para este jogador, transitando desde a juventude, que o fazem ser tão espetacular dentro de campo.
O que o torna diferente no plano psíquico é a força mental para se juntar ao mundo do profissionalismo.
A força mental é treinada na mesma direção de um mero gesto técnico-motor. E para conseguir tal força de caráter, são necessários três elementos importantes.
O primeiro é ter uma família que o contenha, acompanhe e apoie. Esse é um dos pontos mais importantes no ambiente competitivo – e Messi o tem: uma rede de apoio constante.
Se não houvesse chegado a oferta de emprego para o seu pai, George, Lionel poderia ter trilhado um outro caminho na estrada. Teria sido, mas não foi. No final, a família Messi se mudou para Barcelona. Lionel ficou com seu pai, George, que estava sempre ao seu lado.
O segundo é o apoio e contenção que pode lhe oferecer com o clube. Lionel foi mimado por todos os técnicos que teve em "La Masia", palco de formação de jovens atletas do clube catalão.
Ali, sentiu-se em casa e respeitado não só pelos dirigentes e gestores, mas também pelas comissões técnicas. Tal evolução culminou com o clube se rendendo aos seus pés. Hoje, não só está integrado ao grupo principal, mas já ganhou o carinho de todos. E isso faz o atleta se sentir forte.
Finalmente, há o fator mais intrínseco de personalidade dele, que é ter confiança em si mesmo e amar o que faz. Com estes dois pilares (família e clube), Lionel nunca ficou doente. Nunca deixar de lado suas obrigações, ou renegou suas origens.
Do ponto de vista da preparação mental, Messi sempre relacionou sua tranquilidade, simplicidade e atenção ao trabalho. Ele tem a força que é necessária para sair e brilhar, superando cada um dos desafios que lhe cabem empreender.
Essa capacidade psicológica é o que faz os pontapés que sofrem não machucá-lo. É o que diferencia, definitivamente, os jogadores de futebol das super-estrelas.
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Benê Lima