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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

quinta-feira, agosto 25, 2011

Scout do jogo: Santos 2 x 1 Fluminense

Arouca aparece de maneira decisiva no setor ofensivo, Borges tem aproveitamento perfeito em finalizações, e equipe paulista bate rival; Abel lamenta falhas na etapa inicial
Equipe Universidade do Futebol

Não chegou a ser o Santos letal dos títulos da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista de 2010. Tampouco a equipe cujo desempenho era próximo a uma ressaca pós-Libertadores. Foi uma equipe que apresentou a aceleração de jogo cirúrgica em momentos de transição e o poder de fogo do centroavante parceiro de Neymar. Com atuação destacada de Borges, autor de dois gols, e ótima presença em todos os setores do volante Arouca, os comandados de Muricy Ramalho bateram o Fluminense na Vila Belmiro pelo Campeonato Brasileiro. Um placar construído ainda no primeiro tempo.

“O time está jogando bem, jogando bem, mas não ganha os três pontos. Eu quero ganhar. Se for jogando feio, sem sofrer o gol, ótimo. É muito difícil fazer gols, tivemos domínio nos 45 minutos finais e não conseguimos marcar. No primeiro tempo, sofremos dois gols. Uma bola mal dominada e outra mal passada, contra um time com jogadores rápidos e habilidosos é algo fatal”, analisou Abel Braga, treinador do time carioca.

Com três zagueiros bem definidos (Valencia recuado pela direita, Gum na sobra e Digão perseguindo Neymar), coube a Edinho fazer a cabeça de área. Mariano foi o ala pela direita, com Carlinhos à esquerda. Ao lado deste, Marquinho funcionava como um armador, e o argentino Lanzini ocupou a faixa oposta. Rafael Moura e Fred foram os dois mais avançados.

Nas estatísticas, Edinho teve 35 passes efetuados. Lanzini foi a principal referência, com 34 bolas recebidas. Mariano, um dos melhores laterais do Brasileiro-10, fez apenas uma jogada de fundo importante, mas apresentou-se mal: nove passes errados, cinco lançamentos imprecisos e quatro faltas cometidas.




Edinho aparece "escondido" entre Arouca (5) e Elano (7). Mesmo assim, experiente volante foi o principal passador do Flu

 

Diante da barreira defensiva tricolor imposta, a partida começou um pouco truncada e o Santos levou perigo apenas em um lance de bola parada – com o qual construiu sua vantagem. Elano levantou a bola pela direita e Borges mergulhou para marcar, aos 13min.

O empate, entretanto, ainda ocorreria antes do intervalo, de maneira semelhante: aos 38min, Marquinho lançou em direção à área e Rafael Moura, bem posicionado, levou a melhor sobre Durval e Dracena e venceu o goleiro Rafael.

Em um 1-4-2-3-1, na última linha de marcação, Leo foi bem ativo, com quatro desarmes. E Danilo chegou a salvar o que seria o segundo gol de empate do Flu, já na etapa final. O lateral campeão mundial com a seleção sub-20 e que recebeu o chamado para compor o grupo de Mano Menezes, entretanto, chamou a atenção à frente. Ao todo, o jovem acumulou 36 passes certos e reteve a posse em mais de 7% do tempo. Os três meias bem marcados (Elano e Neymar pelos lados e Ganso pelo centro), então, recorreram muito a ele. E a Arouca.
 


Você convocaria o Arouca para a seleção brasileira? 

 

O parceiro de Henrique na penúltima linha de marcação defensiva santista mostrou-se novamente essencial, assim como havia sido nos títulos recentes do Estadual e do torneio continental. Para a fase defensiva, é possível perceber repetições de qual a região do campo mais utilizada para realizar suas ações, a referência predominante de marcação, a velocidade de recomposição, o posicionamento entre bola e alvo, a ação de recuperação da posse e a velocidade de flutuação.




Gráfico mostra o predomínio do Santos, que alcançou pico de ações ofensivas ainda na etapa inicial: mérito para Aroucca

 

Além disso, na transição ofensiva, é muito eficiente. É possível diferenciar o atleta quando está mais próximo ou mais distante do centro do jogo, e ainda, quando recebe a bola. Aos 41min da etapa inicial, tabelou com Ganso em velocidade, superou um marcador e serviu Borges, que bateu forte na saída de Cavalieri.

A segunda etapa foi em um ritmo mais lento, apesar de criações coletivas envolvendo os meias, Borges e especialmente Arouca. Abel fez algumas modificações (Rafael Sobis, por exemplo, substituiu Fred), mas as duas finalizações mais relevantes dos visitantes pararam em Rafael e em Danilo.

Para ler o relatório completo da Scout Online, clique aqui.



Tags: transição ofensiva, Scout, análise do jogo, Setor Técnico, Santos, Fluminense,campeonato brasileiro

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Benê Lima