Atlético Goianiense estuda venda de mando

EDUARDO LOPES
Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP

“Não creio que valha a pena. O diferencial financeiro

não compensaria o desgaste junto à sua torcida.” – (Benê Lima)

A diretoria do Atlético Goianiense tem duas propostas para tirar o time de Goiânia por uma rodada. Com baixo público, o time jogaria em locais com mais torcida rival, mas poderia ficar com um lucro fixo maior do que a média, que seria determinado por grupos de empresários interessados no negócio.

As duas propostas são distintas. A primeira envolve a cidade de Jataí, na partida contra o Internacional. Com forte imigração gaúcha, a região receberia o duelo no estádio Arapucão, com capacidade de menos de 20 mil pessoas.

A segunda proposta é para a equipe jogar em Brasília, contra o Botafogo. A capital brasileira fica a cerca de 200 quilômetros da capital de Goiás, mas o foco seria o alto número de botafoguenses na região, assim como aconteceria em Jataí.

O clube confirma o recebimento das duas propostas, mas as negociações ainda estão paradas. A diretoria do Atlético dá clara preferência ao jogo em Serra Dourada, em Goiânia. No meio da tabela da Série A do Campeonato Brasileiro, o temor à mudança é esportivo, além da insatisfação que seria gerado na torcida local.

Atualmente, a média de público do Atlético Goianiense é inferior a oito mil pessoas por jogo. A renda líquida de cada partida é, em média, R$ 168 mil, suficiente para arcar com o evento, mas sem representar lucros significantes para o orçamento necessário para arcar a manutenção do time na Série A.

A diretoria do Atlético não abre os valores oferecidos por cada grupo de empresário; as negociações são entendidas como assunto interno. No entanto, o valor bruto seria superior à média líquida da equipe no Campeonato Brasileiro.

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