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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

quinta-feira, agosto 11, 2011

Para representante da polícia de São Paulo, estádios da Copa deverão passar por readaptação após torneio

Arenas como a que será construída em Itaquera podem ficar até oito meses fechadas para uso. O motivo: necessidade de conter violência das torcidas
Equipe Universidade do Futebol

A situação pode parecer inusitada, mas tem como contexto a modernização dos estádios brasileiros para a Copa do Mundo de 2014 e um especialista em segurança. Após a realização do evento, cujos jogos serão realizados em espaços adaptados ao caderno de encargos da Fifa, o tenente-coronel do 2º Batalhão de Polícia de Choque de São Paulo, Carlos Savioli, sinalizou que tais arenas deverão ficar fechadas no mínimo seis meses a fim de uma readaptação.

Tal observação foi realizada na última terça-feira, em audiência pública da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados. De acordo com Savioli, esse será o prazo necessário para que a infraestrutura dos estádios seja readequada à realidade local, citando a violência das torcidas em partidas no território nacional.

"Os estádios terão que atender às normas da Fifa, que excluem o uso de alambrados e visam a que os torcedores tenham direito a uma distância muito pequena das linhas laterais, normas que não podem ser adotadas no país, por conta do alto grau de violência que ainda temos", elencou o tenente-coronel, com reprodução pela Agência Brasil.

Savioli utilizou como exemplo o futuro estádio do Corinthians, que está em fase de construção na zona leste de São Paulo, e que, após o Mundial, necessitaria de um enquadro.

Em contrapartida, o promotor de Justiça Pedro Rubim Borges, do Rio de Janeiro, disse que seu estado procura manter com constância um diálogo com as torcidas organizadas locais a fim de não ter de expulsar membros com comportamento hostil.

"Existem os bons e maus torcedores, isso em todas as torcidas. E o papel da Justiça é separar o joio do trigo", distinguiu.

Por fim, o deputado Romário (PSB-RJ) lembrou do termo de ajustamento de conduta (TAC), que visa a um acordo com as principais agremiações recreativas e torcidas organizadas; e o deputado Acelino Popó (PRB-BA) destacou o vínculo existente entre os clubes e os seus grupos de fãs. "Essa relação deve ter um resultado no qual os clubes também devem ser responsabilizados por atos de violência cometidos por sua torcida".

Um ponto ainda elogiado pelo assessor especial de Futebol do Ministério do Esporte, Sergio Velloso, foi a instalação de câmeras nas unidades com capacidade acima de 10 mil torcedores. Para ele, tal ação deverá ser feita primeiramente em praças esportivas com maior índice de violência. Somado a isso, o ministério alinhavou parceria com a Fundação Getulio Vargas – a instituição produzirá um guia que irá auxiliar na construção de novos estádios em quesitos de segurança e infraestrutura.

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Benê Lima