Benê Lima

Estudo sobre a ciência do pênalti

Cabe ao batedor treinamento constante para que esteja apto a conseguir o objetivo maior: o gol

Joaquim Alves Neto - Kim

Enquanto o goleiro treina para melhorar sua performance na defesa do pênalti, o jogador faz o mesmo, com finalidade diferente. Baseado nesse princípio, desenvolveu-se um estudo onde é mostrado a dificuldade que é para o goleiro defender o pênalti e as condições do batedor obter mais sucesso que insucesso.

Como a obrigação maior de ter êxito é do batedor e não do defensor, face as condições geométricas serem favoráveis a quem efetua a cobrança, cabe ao goleiro induzir o batedor ao erro. Ao goleiro, cabe treinar sua “rápida reação”, e não o reflexo.

Para deixar o empirismo e ter como referências estudos epistemológicos sobre o pênalti foram selecionados 15 goleiros, faixa etária entre 17-23 anos, com uma média de altura de 1,78 cm; um batedor de pênaltis; uma bola de futebol; uma trave oficial (com os matérias necessários “zona alvo”, para pesquisa); apito; fita métrica; aparelho de velocidade e de orientação do vento.

Da marca da cal, ou seja, dos 11 metros da linha do gol, o batedor projeta o pé na bola onde a mesma atinja a velocidade de no mínimo 80 Km/h, no espaço “alvo” de 0,71 cm do poste para dentro do gol, sendo na parte inferior e 1,82 cm da inserção do poste com o travessão na parte superior da trave.

Atendendo essas solicitações matemáticas e físicas, o estudo revelou a probabilidade de 100% de sucesso do batedor em relação ao seu opositor, “o goleiro”. Portanto, cabe ao batedor treinamento constante para que esteja apto a conseguir o objetivo maior que é o gol, assim sendo, pode até superar a pressão emocional do momento tão singular que é o pênalti.

Outrossim, a ação do goleiro baseia-se em: 0,58 segundo, tempo médio que a bola leva para sair da marca da cal e chegar ao gol. O goleiro decide em 0,12 segundo, período em que a bola percorreu 3,8 dos seus 11 metros entre a marca da cal e o gol, restando 0,46 segundo para defesa: é o tempo equivalente ao que se leva para que seja pronunciada a palavra "gol".


Esse trabalho foi apresentado no IV Encontro de Iniciação Científica da UVA - Universidade Estadual Vale do Acaraú/Sobral.