Estudo revela dados e estatísticas da Liga dos Campeões

Tenha acesso a dados factuais e estatísticos da LIGA DOS CAMPEÕES que servirão de referência para análises, reflexões e pontos de debates.

Trecho inicial do relatório de 124 páginas

Rewinding images of 125 games is a valid antidote to the tendency to read the 2009/10 season as a story
of Milan, Munich and Madrid. It is easy to forget that FC Internazionale Milano won once in their first five games and that FC Bayern München took four points from the opening four fixtures. Both finalists qualified in extremis from a group phase in which three former UEFA Champions League winners were eliminated. Among the eight group winners, only three were former champions of Europe.

There was no shortage of cameos which underlined that, in the UEFA Champions League, lapses of concentration are usually punished. The 2006 finalists, Arsenal FC, opening their campaign against R. Standard de Liège away from home, found themselves 2-0 down within five minutes. Manchester United FC, seemingly home and dry with 10 points in the bag, were beaten 1-0 at Old Trafford by Besiktas JK. Few would have predicted that the 2005 champions, Liverpool FC, would exit in the group stage, having only beaten Debreceni VSC, that AC Milan would not win a home game, that Rangers FC would concede ten goals in three successive defeats in Glasgow, or that Club Atlético de Madrid would be eliminated with two games to spare and bow out with three goals scored and a dozen conceded – or, for that matter, that they would go on to win the inaugural UEFA Europa League. Chelsea FC and FC Girondins de Bordeaux were the only teams to remain unbeaten in their six matches and the only contestant to equal the French club’s total of five victories was ACF Fiorentina. Nine of the teams who ultimately qualified did so on the last d

Relatório técnico da UCL indica campeão com menos posse de bola e mortal nos contra-ataques

Documento produzido pela equipe da Uefa sustenta em números estatísticos a campanha da Inter de Milão, comandada por José Mourinho

Equipe Universidade do Futebol

Quais as características do modelo de jogo da Inter de Milão na conquista da Liga dos Campeões da Europa do ano passado? E o comportamento do time comandado por José Mourinho na final diante do Bayern de Munique, de Louis van Gaal? Houve muita diferença entre as plataformas táticas utilizadas pelas 16 representações mais bem colocadas na competição? Algumas dessas respostas podem ser encontradas no relatório técnico da edição 2009/10 da Uefa Champions League, produzida pela entidade que rege a modalidade naquele continente.

Todos os elementos técnicos e tácticos que fazem do principal torneio entre clubes do mundo um espetáculo tão grandioso e que ocuparam a filosofia de trabalho dos treinadores europeus estão no extenso documento, recheado de números e informações da equipe de análise de desempenho.

O relatório é elaborado por um grupo de técnicos de elite – todos treinadores experientes e observadores –, com destaque não apenas às tendências da competição em questão, mas também com o levantamento de uma série de questões pertinentes, destinadas a estimular o debate.

“Para além das informações fatuais e estatísticas que fazem dele um trabalho de referência, contém análises, reflexões e pontos de vista que, espera-se, forneçam aos treinadores matéria para reflexão. E ao pôr em evidência tendências do futebol profissional, também ofereça aos treinadores que trabalham nos níveis de desenvolvimento do jogo informações que possam ser úteis no aperfeiçoamento das qualidades necessárias para participarem na Uefa Champions League num futuro próximo”, indica o texto.

O total de 320 gols marcados na disputa inclui a habitual variedade de arremates de longe, próximos à trave, cabeçadas eficientes e faltas precisas. O total, diz o relatório, representa uma lista dos ingredientes necessários pelas equipes top que almejam a glória final como uma missão possível.

“As margens geralmente manifestam-se por competências na marcação de lances de bola parada e defesa dos mesmos, no lançamento mortífero de contra-ataques, saber como lidar com jogadas rápidas de contra-ataque do adversário e desenvolver as habilidades individuais que, traduzidas em remates de longe, jogadas individuais ou na marcação exímia de faltas, representaram 26 por cento do total de gols marcados”, diz o relatório.

Outro ponto levantado pelos peritos é uma comparação entre o Barcelona, vencedor do torneio em 2008/09, e a Internazionale, última campeã. Os italianos conquistaram o troféu com uma média de 45 por cento de posse de bola, comparada com 62 por cento dos catalães na temporada anterior. Na grande decisão, realizada no estádio Santiago Bernabéu, em Madri, o Bayern de Munique, adversário da Inter, passou a bola 643 vezes, contra 289 passes do rival – o resultado do jogo foi 2 a 0 para os nerazzurri.

“O contraste marcante entre o vencedor de 2009 e o de 2010 levanta a questão: será que jogadores e equipas precisam de ser educados na arte de se sentirem confortáveis sem terem a bola em sua posse?”, questiona.

Contra-ataques explosivos continuam a deixar a sua marca. Ainda segundo a análose, as equipes bem-sucedidas são aquelas capazes de controlar o ritmo do jogo e encontrar respostas rápidas para períodos de domínio da parte do adversário.

“Os níveis de disciplina posicional e tática são geralmente altos, os blocos defensivos são cada vez mais difíceis de penetrar e os mecanismos da equipe adversária são estudados até à exaustão. As virtudes coletivas são indispensáveis – mas a temporada foi marcada por exemplos de influência individual e por momentos de brilhantismo de solistas [como Lionel Messi], que várias vezes são necessários para abrir brechas numa defesa que parece intransponível”, nota ainda o relatório da Champions League.

A qualidade dos remates de longa distância; o potencial necessário para jogadores versáteis desempenharem várias tarefas; o duplo-pivô defensivo, que ajuda a conter o contra-ataque; e a necessidade subsequente de laterais que fazem todo o flanco e apoiam o ataque, são apenas alguns dos elementos presentes no documento, que pode ser lido na íntegra aqui.

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