Por conta de Copa-14 e Jogos-16, país deve desembolsar até 5,7 bilhões em TIC
Equipe Universidade do Futebol
Cerca de 10% do total de investimentos para a realização dos megaeventos esportivos no Brasil – Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016 – serão destinados apenas à área de TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação). A indicação procede de um estudo encomendado pela Associação Brasileira de Empresas de TIC (Brasscom).
O montante de aproximadamente R$ 5,7 bilhões está relacionado com as exigências da Fifa em relação à infraestrutura de TIC. As demandas são atribuídas ao governo local e aos parceiros da entidade que comanda o futebol mundial.
O levantamento científico cita que o órgão comandado por Joseph Blatter exige, por exemplo, redes entre todos os locais, suporte a dados e áudio, além de serviços de voz, vídeo, streaming (transmissão de informação multimídia) e gestão dos sistemas e suporte.
O Mundial deve gerar, ainda de acordo com dados do estudo, R$ 33,1 bilhões em investimentos e os Jogos Olímpicos, R$ 24,5 bilhões. Os valores correspondem à infraestrutura (estádios, mobilidade urbana, aeroportos e portos) das cidades-sede e aos gastos com a melhoria dos serviços (TIC, energia, hotelaria, saúde e segurança).
Responsáveis pela fase final da transmissão, os parceiros da Fifa é que darão a garantia aos sistemas de gestão de jogos (informações sobre o evento) e ao sistema de suporte – há uma diferença de planejamento dos serviços e da infraestrutura dos dois eventos.
Em relação ao torneio de seleções de futebol, a exigência é maior em relação à transmissão de imagens, por conta do número de cidades-sede. Em contrapartida, a transmissão olímpica se torna complexa pois há vários eventos simultâneos.
A expectativa é da presença de 3,7 milhões de turistas, sendo 600 mil estrangeiros, no país. Segundo o estudo, gastos com a mobilidade urbana, portos e aeroportos devem chegar a R$ 17 bilhões para a Copa do Mundo e a R$ 11,8 bilhões (R$ 9,6 bilhões só no transporte urbano carioca) com a Olimpíada.
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Benê Lima