Ciência
Cientistas tentam criar robô com ética
Paula Rothman, de INFO Online Bret Eckhardt |
SÃO PAULO
Você deixaria um robô limpar a sua casa? E cuidar dos seus filhos?
Embora assistentes pessoais robóticos ainda não sejam exatamente populares no mundo, a presença dessas máquinas humanóides tem se tornado cada vez maior em fábricas, laboratórios e até mesmo no espaço.
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Em breve, e com o avanço da inteligência artificial, é de se esperar que os robôs possam conviver mais e mais conosco – e, até mesmo, realizar diversas funções que exijam interação com os seres humanos.
Por isso, uma dupla de cientistas da Universidade de Connecticut acredita que é essencial trabalhar em um novo campo de pesquisa, criado há apenas 10 anos: a Ética das Máquinas.
A professora emérita Susan Anderson e seu marido e parceiro de pesquisas Michael Anderson trabalham juntos para criar um robô que se comporte de forma ética. O projeto une suas duas áreas de atuação: ela é filósofa e, ele, um cientista da computação.
Segundo a dupla, mesmo hoje, as máquinas já realizam diversas tarefas com implicações éticas - como lidar com dinheiro ou, nos caso de diversos protótipos criados, cuidar de idosos.
O campo da Ética das Máquinas combina inteligência artificial com teoria da ética para determinar a melhor maneira de programar as máquinas. Usando dilemas específicos fornecidos, os computadores podem “aprender” e desenvolver capacidade para lidar com situações futuras.
Em suas pesquisas, eles utilizaram o robô Nao, que aprendeu a determinar quão frequentemente deveria lembrar uma paciente de tomar seu remédio - e decidir se avisava ou não o médico caso a pessoa se recusasse a ingeri-lo. Essa decisão é simples, e apenas uma primeira fase para outras mais complexas - robô que assiste os idosos também deve considerar coisas mais complexas, como respeitar o direito de autonomia da pessoa mesmo sabendo que ela deve tomar o remédio e saber dosar quando insistir, quando avisar o médico e quando deixar.
A pesquisa está em fase inicial e, de acordo com os pesquisadores, ainda não há um consenso sobre quais princípios éticos deveriam ser programados.
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Benê Lima