Clube carioca aposta na construção de um novo Centro de Treinamentos na Gávea
Equipe Universidade do Futebol
Time de maior torcida no Brasil, o Flamengo segue sofrendo com as más condições de suas categorias de base. Sem obter resultados consistentes na revelação de jovens promessas nos últimos anos, o clube apresentou sua nova proposta para a reformulação do setor. Aprovado por Zico, o projeto foi desenvolvido por dois diretores flamenguistas Carlos Brazil, diretor administrativo, e Carlos Noval, diretor geral da base.
Conforme apurou o jornalista André Casado, em reportagem ao Globoesporte.com, a proposta contém 20 páginas, assinadas pela presidente Patrícia Amorim, que apresentam um plano de "resgate a credibilidade". Choque de gestão e campanhas abertas para arrecadação de verba para o novo CT fazem parte do conteúdo.
“Quando Zico chegou, já tínhamos até pronto o material, que foi repassado a quem tinha interesse dentro de cada área: técnica, financeira e administrativa. Foram semanas e semanas de preparação. Na mesma hora, Zico aprovou, foi nota 10 conosco e se prontificou a ajudar no que fosse preciso. Se ele, que tanto cobrava ação nesse sentido, se animou, é porque estávamos no caminho certo. Não sabemos ao certo as condições e o respaldo anteriores, por isso não cabe criticar. Mas o que encontramos aqui era um caos”, disse Carlos Brazil, em entrevista ao portal Globoesporte.com.
Para iniciar na prática o processo de desenvolvimento das categorias de base, algumas medidas organizacionais foram tomadas pelos diretores. Entre elas, a diminuição do número de atletas por categoria (estavam superlotadas), o controle de entrada e saída dos garotos e diversas medida disciplinares.
Além disso, os atletas da base do Flamengo passaram a ter também um acompanhamento de suas tarefas escolares, como ocorre em outros grandes clubes brasileiros.
“Checamos que alguns não estavam matriculados na escola. Para ficar aqui, isso precisou mudar, é regra, faz parte do nosso raio-x e está sendo seguido. Depois, será avaliado o desempenho de cada um deles. Os meninos que forem bem na escola ganharão prêmios. Assim, se não derem certo como jogadores, eles ao menos terão a perspectiva de um futuro melhor”, alertou o diretor, ainda em entrevista ao site.
Após anos desde a geração vitoriosa de 80, liderada por Zico, a equipe rubro-negra deixou de investir em seus jovens atletas, gerando inclusive o “desperdício” de alguns atletas, conforme afirma a presidente do clube. Para Patrícia, muitos garotos já foram perdidos e existe a preocupação de que isso não ocorra mais.
“Precisamos resgatar a credibilidade do Flamengo, e o passo do fortalecimento da base é dos mais importantes. É raro termos um time campeão sem ligação com o clube, jamais houve nada como o início da década de 80. Ano passado (título brasileiro) foi uma exceção, só tínhamos o Adriano formado aqui”, concluiu.
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Benê Lima