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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

quinta-feira, dezembro 24, 2009

Cadastro da CBF aponta que regiões mais pobres e menos populosas são as que possuem mais clubes
Nesses locais, 32% dos times que disputaram campeonatos estaduais nos últimos três anos. Somando Sul e Sudeste, esse número fica em somente 14%.
Equipe Universidade do Futebol

O cadastro de clubes profissionais da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), composto pelos dados fornecidos pelas federações estaduais e pelos próprios times, registra que, nos últimos três anos, 783 equipes disputaram as competições oficiais.

A curiosidade do documento é que as regiões mais pobres do Brasil têm uma participação no total de clubes do país maior do que sua fatia na população, ao contrário do que acontece com o Sul e o Sudeste.

Por exemplo, a região Centro-Oeste possui 7% da população do país e 15% das equipes de futebol. No Norte acontece o mesmo. A região representa 8% dos habitantes do país e 13% dos times de futebol. Já no Sudeste, concentra-se 42% da população brasileira, mas apenas 30% do total de equipes.

O levantamento da Confederação Brasileira de Futebol mostra que pobreza e população pequena não impedem que as zonas menos desenvolvidas da nação tenham uma penetração maior de clubes profissionais. A incidência de equipes em cidades com menos de 50 mil habitantes é muito maior no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Nessas regiões, 32% dos times que disputaram campeonatos estaduais nos últimos três anos. Somando Sul e Sudeste, esse número fica em somente 14%.

Em São Paulo, o estado mais rico do Brasil, menos de 15% dos municípios teve um time profissional na ativa durante o período estudado. Mais de 500 cidades paulistas não contam com um clube disputando competições oficiais.

No entanto, para ter um em São Paulo ou no Rio de Janeiro é preciso de muito dinheiro. A Federação Paulista de Futebol (FPF), por exemplo, estipulou em R$ 500 mil o valor da taxa de registro de um clube profissional novato. De acordo com a entidade, esse valor inibe que empresários queiram criar clubes bancados por eles.

No Rio de Janeiro, o valor para o registro de uma equipe profissional é de R$ 50 mil. Nas regiões Norte e Nordeste, o registro de uma nova agremiação, na maioria das federações estaduais, fica abaixo dos R$ 10 mil.

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Benê Lima