A força da grana
Erich Beting
Ela ergue e destrói coisas belas, como já profetizou Caetano Veloso. Mas, agora, só faltava essa.
A Fifa estuda dar uma "bonificação moral" para a Irlanda pela não-classificação à Copa do Mundo. É patética a atitude da entidade no gerenciamento da crise surgida com a mão de Henry. Erro absolutamente compreensível de acontecer por conta da posição do árbitro, e vergonhoso pelo fato de o bandeira não estar na linha de fundo, como deveria ser, para acompanhar o lance.
Mas, daí, a anular a partida ou bonificar a Irlanda pela não ida à Copa é um despropósito. Enquanto não se permitir a ampliação tecnológica do trabalho do árbitro, tal qual a tecnologia ficou muito mais eficiente na transmissão esportiva (a ponto de flagrar erros assim), não é com um punhado de dinheiro que se resolve as coisas.
Se a moda pega, não há grana que dê jeito na Fifa. Muito mais barato (e sensato para preservar o esporte) seria investir na melhor capacitação tencológica dos árbitros e, mais ainda, no incremento da tecnologia para auxiliar o futebol.
Mas isso dá tanto trabalho que é melhor fazer uso da grana mesmo.
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Benê Lima