Rodrigo Azevedo Leitão
Vem acontecendo uma coisa bem interessante no futebol. Jovens e “inexperientes” treinadores têm conseguido se destacar em seus trabalhos Brasil afora.
Não tenho a intenção de citar nomes, mas seja nos grandes centros do futebol brasileiro, seja nos longínquos e interioranos campeonatos do nosso grande Brasil, ou ainda, em comentados, ou não, clubes europeus, vêm aumentando o número de treinadores que estreiam, em seus primeiros trabalhos, em grandes equipes, ou que em pouquíssimo tempo de carreira têm mostrado desempenho de dar inveja aos seus pares mais “experientes”.
Há muito, no futebol, tanto imprensa, quanto diretores de clube, gerentes de futebol ou coordenadores, encerram, com seus argumentos, qualquer possibilidade de que treinadores, jovens, ou tidos como “inexperientes”, possam assumir cargos em equipes profissionais, especialmente as de “ponta”.
Resultados recentes têm mostrado aquilo que é óbvio, mas que infelizmente demorou a se perceber: treinadores experientes e treinadores inexperientes podem realizar trabalhos bons e trabalhos ruins, podem ser vencedores, ou grandes fracassados!
A experiência, claro, pode ajudar. E muito. Afinal, aprendemos a viver melhor, vivendo; aprendemos a ser melhores treinadores, sendo treinadores.
Temos, porém, que levar em conta que cada um de nós, seres humanos, a cada novo desafio ou problema, tomamos decisões e aprendemos com elas, e que assim, portanto, tendemos a tomar cada vez mais melhores decisões. “Tendemos”!
Pois é. Quanto mais coisas aprendermos em dada circunstância, maiores as chances de encontrarmos melhores soluções para problemas futuros em circunstâncias próximas.
Não devemos nos esquecer, no entanto, que para aprendermos mais nessa “dada circunstância”, devemos nos pautar em conteúdos que adquirimos, ou com experiências anteriores semelhantes, ou com a construção do conhecimento adquirido em outros tipos de experiências.
Então, o que quero dizer, em outras palavras, é que a experiência pode ajudar e vai ajudar de diversas formas, mas que pessoas diferentes expostas a experiências iguais podem alcançar resultados totalmente diferentes, e isso está associado a vivências anteriores, mais ou menos próximas da experiência atual, e também ao conhecimento adquirido até então.
Isso significa que o conhecimento adquirido pode contribuir para melhor e mais aprofundada aprendizagem a cada nova circunstância, de maneira que dois indivíduos diferentes, em mesma situação, podem não só tomar decisões distintas, como também tomando decisões semelhantes, aprenderem coisas bem diferentes.
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Benê Lima