Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

quinta-feira, dezembro 24, 2009

Uma proposta de calendário para o futebol brasileiro II
Autor propõe calendário para o futebol brasileiro de 01 de julho de um ano até 30 de junho do ano seguinte, adaptado ao que se faz na Europa
Luis Filipe Chateaubriand

Ao longo das últimas semanas, estive mostrando uma proposta de calendário para cada uma das competições do futebol brasileiro. Na verdade, cada uma das propostas fazia parte de uma temática maior, qual seja, a construção de um calendário racional para o futebol brasileiro como um todo.

Portanto, o momento é de mostrar a proposta de calendário em si – tarefa à qual é destinado o presente documento.

O calendário do futebol brasileiro, pela proposta apresentada, será compreendido entre o dia 01 de julho de um ano e o dia 30 de junho do ano seguinte, sendo adaptado ao calendário europeu. Terá três fases de execução, a saber:

• Julho: Mês de pré-temporada. Nesse mês, os clubes deverão investir na preparação física e técnica de suas equipes, na realização de jogos treinos e na realização de amistosos. Clubes de maior porte poderão jogar partidas em torneios extra oficiais na Europa.

• Agosto a Maio: Período da temporada regular, onde todas as competições oficiais serão realizadas.

• Junho: Período de férias dos jogadores e da realização do Mundial de Clubes (realizado fora do período da temporada regular).

Cabe dizer algo, especialmente, sobre o período de agosto a maio, onde as competições oficiais terão espaço. A este respeito, pode-se fragmentar a temporada em dois semestres: agosto a dezembro; janeiro a maio.

O primeiro semestre da temporada, de agosto a dezembro, contemplará 21 ou 22 domingos. Deve-se aproveitar 21 deles, que ficam assim destinados:

• Primeiros dois domingos, para a Supercopa do Brasil.

• Os 19 domingos seguintes, para o primeiro turno do Campeonato Brasileiro em pontos corridos, com suas três divisões.

O primeiro semestre da temporada, de agosto a dezembro, contemplará, também, 21 ou 22 quartas feiras. Deve-se aproveitar 21 delas, que ficam assim destinadas:

• Para clubes que disputarem os Campeonatos Interestaduais (Copa do Nordeste e Copa Sul / Minas), as 21 datas ficam reservadas a estas competições.

• Para clubes que não disputarem os Campeonatos Interestaduais, haverá espaço para a disputa dos Campeonatos Estaduais. Neste caso, os clubes que disputarem os Estaduais – em primeira ou em segunda divisão – disporão destas 21 datas.

O segundo semestre da temporada, de janeiro a maio, contemplará 21 ou 22 domingos. Deve-se aproveitar 21 deles, que ficam assim destinados:

• Os 19 primeiros domingos, para o segundo turno do Campeonato Brasileiro em pontos corridos, com suas três divisões.

• Os dois últimos domingos, para a Supercopa das Américas, disputada entre o clube campeão da Libertadores e o clube campeão da Copa Panamericana (substituta da Copa Sulamericana).

O segundo semestre da temporada, de janeiro a maio, contemplará, também, 21 ou 22 quartas feiras. Deve-se aproveitar 21 delas, que ficam assim destinadas:

• As 11 primeiras, para a Taça Libertadores da América e a Copa Panamericana, disputadas simultaneamente (clube que joga uma delas, não joga a outra).

• As outras dez, para a Copa do Brasil.

Portanto, esta é a proposta de calendário apresentada, ressalvando-se os seguintes adendos:

• Haverá, também, o Torneio de Integração Nacional, uma espécie de quarta divisão do futebol brasileiro, contemplando 640 clubes espalhado Brasil a fora. Este certame será jogado nos 42 domingos – os 21 com jogos de agosto a dezembro, e os 21 com jogos de janeiro a maio.

• Neste documento, não se discute as formas de disputa das competições, o que já foi feito em escritos anteriores, publicados neste espaço ao longo dos últimos meses.

• Por esta proposta de calendário, o clube que fizer menos jogos na temporada oficial terá jogado 36 partidas pelo Torneio de Integração Nacional, seis partidas pelo seu Campeonato Estadual (se for clube de segunda divisão) e uma partida pela Copa do Brasil. Em outros termos: pela proposta apresentada, nenhum dos 700 clubes profissionais brasileiros contemplados faz menos de 43 partidas oficiais ao longo da temporada e, portanto, todos os clubes têm ocupação garantida ao longo da temporada anual – o que não é o caso hoje.

Se esta é a proposta de calendário mais apropriada para o futebol brasileiro, não sei e, além de tudo, sou suspeito para me pronunciar a respeito. Mas me parece que a proposta apresentada é muitíssimo superior à do calendário que se tem atualmente.

Luis Filipe Chateaubriand é autor do livro 'Futebol Brasileiro: Um Projeto de Calendário', pela editora Publit (www.publit.com.br).

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Benê Lima