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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Após ‘brincadeira’, grupos homossexuais rebatem discurso e cobram Blatter

Presidente da Fifa pediu para que gays se abstivessem de atividade sexual durante a Copa-22, no Qatar

Equipe Universidade do Futebol

“Lamentável”. Esse foi o sentimento de grupos homossexuais após a declaração de Joseph Blatter, presidente da Fifa, em relação ao momento da Copa do Mundo de 2022, no Qatar. O suíço disse, em tom de brincadeira, que cidadãos com tal orientação deveriam se abster de toda atividade sexual durante o evento. Mas a interpretação de grupos defensores dos direitos humanos não foi esta.

“É lamentável ver que uma organização que promove o jogo e que condena qualquer atitude de discriminação faça comentários desse tipo”, disse o diretor de comunicação da Associação Internacional de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) da Europa, Juris Lavrikovs.

“Isso não é uma brincadeira, é uma questão de vida e morte para algumas pessoas. O Qatar e outros 70 países ainda criminalizam as pessoas pelas relações homossexuais e alguns ainda punem com sentença de morte”, acrescentou.

A indignação também se fez presente no discurso do ex-jogador de basquete John Amaechi, que em 2007 assumiu que era gay. Para ele, a Fifa aprovou a marginalização das pessoas LGBT ao redor do mundo, e nada menos do que a mudança de posicionamento de Blatter é aceitável.

“Sepp Blatter brinca com os turistas gays da Copa de 2022, mas a política anti-gay do Qatar não é piada”, afirmou Peter Tatchell, ativista britânico que luta pelos direitos humanos.

O mandatário da Fifa argumentou que as pessoas vivem em um mundo de liberdade e que quando o Mundial for disputado, não haverá problemas. Blatter disse ainda que o Qatar é um país com uma cultura antiga, mas que há sinais de uma grande abertura no Oriente Médio.

“É uma cultura diferente, uma religião diferente, mas no futebol não temos fronteiras. Abrimos tudo a todo mundo e penso que não deve haver qualquer restrição contra qualquer ser humano, quer esteja desse lado ou daquele, seja de esquerda, direita ou o que quer que seja”, ponderou Blatter.

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Benê Lima