RODRIGO CAPELO
Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP
Dirigentes terão de oferecer lazer para alavancar lucros com tíquetes
O fim do Campeonato Brasileiro comprovou algo que, empiricamente, qualquer torcedor leigo pode deduzir, e que terá de estar nos planos de dirigentes para 2011. O lucro obtido com a comercialização de ingressos, por uma série de motivos, está proporcionalmente muito abaixo da receita oriunda de patrocínios em âmbito nacional.
Entre maio e dezembro, a elite do futebol nacional conseguiu lucro aproximado de R$ 51,7 milhões. Esse número é 623% inferior ao atingido por meio de aportes, em torno de R$ 374 milhões, de acordo com pesquisa realizada pela Trevisan Gestão do Esporte, que contabilizou os ganhos das principais equipes do país no ano.
"Não adianta fazer ingresso a R$ 2 para lotar porque se precisa da torcida para enfrentar determinado adversário", aponta José Cocco, diretor da J.Cocco Sportainment, agência de marketing esportivo. "Ir ao estádio é um desestímulo, pois falta estrutura, banheiros, há flanelinhas, enfim, uma das piores coisas é ir ao estádio de futebol".
A solução para elevar os valores embolsados com ingressos, de acordo com o especialista, depende de investimentos para tornar jogos em espetáculos. A aposta no entretenimento antes, durante e depois das partidas já é feita com sucesso no Estados Unidos, por exemplo, com a NBA, mas ainda não migrou para o futebol brasileiro.
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Benê Lima