Tudo sobre a assinatura da Ordem de Serviço das obras do Castelão, pelo jornalista Emmanuel Macêdo, de o Povo

Chega de papo e mãos à obra

 

Reforma do Castelão tem início com a promessa de entrega para dezembro de 2012. Assinatura de contrato, ontem, trouxe novidade sobre a obra

 

14.12.2010| 01:30 /

Autor: Emmanuel Macêdo

Com a ordem de serviço assinada pelo governador Cid Gomes, na manhã de ontem, inicia-se o processo de completa transformação do principal equipamento esportivo do Estado. Pelos próximos dois anos o Castelão não terá apenas correções e pinturas. Se transformará em um estádio moderno e para isso terá parte de sua estrutura demolida e reconstruída. Além do anel inferior, parte das cadeiras superiores será refeita. 

 

A informação é do próprio arquiteto que projetou o estádio, o uruguaio Hector Vigliecca, dono da Vigliecca e Associados, empresa à frente da reforma juntamente com o consórcio Arena Multiuso, vencedor da licitação. “A forma com que foi construído e o que está sendo projetado não há condição de apenas reformar. Tem que refazer tudo do zero”, explica. Na parte referida pelo arquiteto encontra-se as tribunas e cabines de imprensa, além de ter parte da arquibancada superior (acima das tribunas) e inferior.

Viggliecca fez questão de ressaltar a importância da visibilidade do campo. “É algo que a Fifa exige e por isso o gramado precisa ser rebaixado. Estudamos uma nova inclinação para que não haja ponto cego”, diz.

O governador Cid Gomes, ao assinar a ordem de serviço, lembrou dos prazos, mesmo com tanta complexidade. “Iremos entregar tudo no prazo determinado e temos compromisso das empresas envolvidas. Se isso não acontecer, é uma imagem ruim não apenas para nosso governo, mas também para o consórcio vencedor”.

 

O Castelão está fechado para as reformas da Copa e só reabre para a semifinal e final do primeiro turno do Campeonato Cearense de 2011, além dos clássicos envolvendo Ceará, Fortaleza e Ferroviário desta fase. “Não podemos extrapolar o prazo de 31 de março”, relembra Ferrucio.

 

NÚMEROS

 

1973

É O ANO DE FUNDAÇÃO

do estádio Castelão. A obra foi feita no governo de Plácido Aderaldo Castelo

 

70

MIL PESSOAS ASSISTIRAM

a Ceará e Fortaleza, na abertura do estádio Castelão. O Clássico-Rei terminou em 0 a 0

 

EM ALTA

COMPROMISSO

Tanto o governador Cid quanto o secretário Ferruccio enfatizaram o prazo para conclusão

 

EM BAIXA

 

LICITAÇÃO

Mesmo com tanto atraso da Justiça na licitação, os presentes ainda fizeram elogios do processo

 

 

População do entorno mostra preocupação

Governador prometeu rigor na fiscalização do orçamento da obra

Durante a assinatura da ordem de serviço, muitas pessoas que moram no entorno estiveram presentes e a preocupação com o que será feito além da área do estádio era visível. Em diversos momentos do discurso do governador, moradores perguntavam sobre saneamento, saúde e, principalmente, obras que possam necessitar da retirada de casas.

 

Cid Gomes deixou claro que a área em que se encontra o estádio é mais do que suficiente para realizar as mudanças necessárias. “Mas é claro que teremos obras no entorno em parceria com a Prefeitura e o Governo Federal”. Cid lembra do pedido que fez ao presidente Lula sobre o saneamento da a região na ordem de R$ 276 milhões. “E a Prefeitura garantiu as obras das avenidas que chegam no estádio”, completa.

Sobre a licitação, Cid esbravejou: “Aqui não se rouba nem se deixa roubar. E muitos tentaram por diversas vias mexer no nosso objetivo”. (EM)

 

 

Educação por parte de quem assiste

 

Para que os mais de R$ 518 milhões sejam melhor aplicados, o torcedor precisa se educar. O novo Castelão não terá mais fosso e a distância entre público e o gramado será de apenas 19 metros. “Pedimos que as pessoas entendam o bem que esse estádio terá para o nosso Estado. E para combater os vândalos teremos uma fiscalização forte com câmeras por todos os lados. Hoje, a lei é mais rígida com quem não vai para torcer”, lembra o secretário do Esporte, Ferruccio Feitosa.

 

Além da proximidade com o campo e a ausência de fosso, não haverá nenhum alambrado separando o público. Pelo menos “a princípio”, como disse o secretário.

E esses espectadores assistirão de tudo. Por ser uma parceria com empresa privada, esta também estará apta a captar eventos de todo o tipo para o local.(EM)

 

Autor: Emmanuel Macêdo

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