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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sábado, dezembro 25, 2010

As regras para se jogar nas universidades americanas

Requerimentos para se jogar nem sempre satisfazem os requerimentos para ser aceito na universidade; caminho é entrar em contato com o técnico
Helio D'Anna

Nessa época do ano, os técnicos americanos recebem muitas mensagens de brasileiros interessados em jogar futebol aqui nos Estados Unidos. Como não pode ser diferente, eu também recebo muitas.

No geral, a maioria dos garotos e garotas que procuram seguir esse sonho não tem muita noção dos requisitos e regras para prática do futebol universitário.

Para início de conversa, por definição, o desporto universitário aqui foi concebido para jovens que vêm da progressão acadêmica normal. Ou seja, a maioria dos atletas que entram em competições universitárias são meninos que se formaram no ensino secundário com 18 anos e ingressaram na universidade no ano seguinte.

Esses atletas de idade “correta” têm que ser cadastrados e liberados para jogar pelas devidas ligas em que atuarão (as duas principais ligas são a NCAA e a NAIA). Por exemplo, a NCAA usa um serviço de cadastramento chamado de “eligibility center” (http://www.eligibilitycenter.org). A NAIA também começara a usar um serviço parecido chamado de “clearinghouse” (http://www.playnaia.org). Ambos os serviços levam em consideração a média de notas do segundo grau e os resultados obtidos no “vestibular americano” chamado de SAT (www.sat.org).

No entanto, há jovens que ingressam na universidade com idade mais alta. Para estes, as regras vão depender da liga. De cara, todas permitem que o aluno jogue até quatro temporadas dentro de dez periodos universitários. Por exemplo, um jovem que tenha estudado numa universidade no Brasil por dois anos, usou quatro semestres e agora terá seis semestres restando nos EUA (portanto, terá três temporadas). E daí vem a pergunta que mais escuto nessas situações: mas é possivel começar de novo do zero? A resposta é absolutamente não. E já fui testemenha de casos nos quais jogadores (e técnicos) não declararam semestres feitos em outros países, mas eventualmente foram descobertos. Nesses casos, tanto atleta, quanto técnico, tiveram que ser dispensados.

No caso de alunos que se formaram, não iniciaram faculdade no Brasil e esperaram certo tempo para iniciar faculdade nos EUA, as possibilidades são muitas. Algumas ligas permitem jogar independentemente da idade, outras têm idade limite, outras conisderam cada ano em que o jovem tenha jogado em algum clube como se tivesse usado um ano de possibilidade de jogar o universitário. Portanto o veredito final é complicado e variado. Quem fará essa determinação é o serviço de cadastramento, como mencionado.

Uma coisa a ficar clara é que os requerimentos para se jogar nem sempre satisfazem os requerimentos para ser aceito na universidade. E cada uma delas exige coisas diferentes, como testes de inglês (exemplo: TOEFL www.toefl.org), transferência de crédito por serviço autorizado (exemplo: WES www.wes.org), tradução juramentada do histórico educacional, etc.

A minha dica é um contato direto com o técnico da universidade de interesse. Ele poderá mediar todos esses trâmites e ajudar ao menino ou menina a realizar o sonho de jogar aqui. Apesar de ser um processo um pouco complicado, vale à pena uma vez feito.

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Benê Lima