Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

segunda-feira, dezembro 20, 2010

A política do Ministério do Esporte não sofrerá descontinuidade

A chave do cofre é um bem muito valioso

Sobre o autor

José Cruz cobre há mais de 20 anos os bastidores da política e economia do esporte, acompanhando a execução orçamentária do governo, a produção de leis e o uso de verbas estatais na área esportiva. Esteve nas Olimpíadas de Seul-1988 e Sydney-2000 e trabalhou no Correio Braziliense, onde foi subeditor de Esporte, e no Jornal de Brasília.

Estou na sede da ONG Contas Abertas, em Brasília, levantando informações sobre o orçamento da União para 2011, particularmente da área do Esporte.

Quem me orienta nesta dura tarefa de analisar números bilionários – que não é o meu forte – é Gil Castello Branco, um especialista no assunto e amigo da imprensa também nestas horas de apertos e dúvidas orçamentárias.

Enquanto isso, acompanho o final desta segunda-feira, penúltima semana do governo Lula e analisando as informações.

Se Orlando Silva vier a ser confirmado para continuar à frente do Ministério do Esporte, como informam os companheiros da Folha UOL, ele terá um excelente orçamento para executar no ano que vem, de R$ 2,4 bilhões.

Boa parte deste dinheiro irá para as bases eleitorais de deputados e senadores, são as chamadas emendas orçamentárias. E é exatamente isso que pesquiso neste momento.

Porém, poderá enfrentar, logo no primeiro ano, o tal “contingenciamento”, isto é, suspensão de recursos, adiamento de projetos, como costuma acontecer a cada início de ano.

Mas coloco duas questões preliminares que me parecem mais importantes, por enquanto:

1.    – se vier a ser confirmado no Ministério do Esporte, Orlando Silva ficará reconhecido nacionalmente como o político que mais lutou para não deixar o cargo. Sua insistência em ali permanecer e a persistência de seu partido, o PCdoB, em mantê-lo na pasta faz sentido, mas revela-se uma luta antidemocrática, antipática e suspeita.

2.    – e isso ocorre porque, fora do Ministério, o PCdoB ficaria sem o seu grande líder na liberação de recursos para as bases onde o partido busca se fortalecer paras eleições municipais, estaduais e federais. Foi assim que Orlando atuou na última eleição, de tal forma que os cinco municípios que mais receberam recursos do Ministério do Esporte em 2009 tinham candidatos intimamente ligados ao gabinete ministerial.

      Poderá, numa composição de última hora com a presidente eleita, Dilma Roussef, ser “honrado” com o cargo de ministro “extraordinário” para assuntos olímpicos ou algo do gênero, a fim de que para o Esporte possa ir uma mulher, como é desejo da presidente que assumirá dia 1º de janeiro.

      Mas aí está a questão: Orlando já conhece os bastidores orçamentários e sabe como executa-lo a fim de compensar os que desejam fortalecer o partido. Por isso tanta insistência para permanecer com a chave do cofre. É mais útil ao PCdoB, sem dúvida.

 

Orlando Silva deverá ser confirmado no Minitério do Esporte

       Orlando Silva deverá continuar á frente do Ministério do Esporte, informam de Brasíla o repórteres Ana Flor, Natuza Nery e Márcio Falcão, da Folha.com

       O anúncio oficial, que deverá ser feito ainda hoje, coloca fim à queda de braço entre o PCdoB e a presidente eleita, Dilma Roussef, que queria indicar uma mulher para dirigir o Esporte.

       Veja a notícia completa: http://www1.folha.uol.com.br/poder/848476-dilma-anuncia-padilha-e-outros-cinco-nomes-para-o-primeiro-escalao.shtml

Lula despede-se do esporte na festa olímpica dos melhores do ano, no Rio

         A tradicional cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico será realizada hoje, no Rio de Janeiro, a partir das 18h30, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A SporTV anuncia a transmissão do evento.

        Ainda há tempo para processar o voto popular, via internet: http://www.premiobrasilolimpico.com.br/home/index.asp

        A eleição final dos melhores do ano terá peso de 50% entre o voto popular e o voto de um júri qualificado composto por jornalistas e personalidades do esporte.

A disputa

        Concorrem no masculino: César Cielo (natação), Leandro Guilheiro (judô) e Murilo Endres (vôlei).

        Entre as mulheres estão disputadndo Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Fabiana Murer (atletismo) e e a dupla Juliana e Larissa do vôlei de praia.

Homenageados

Segundo o COB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador do Rio Sergio Cabral, o ministro do Esporte, Orlando Silva, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, serão homenageados. 
Eleitos

Élson Miranda, técnico de Fabiana Murer, receberá o troféu de melhor técnico individual. Bernardinho, tricampeão mundial pela Seleção Masculina de Vôlei, foi eleito o melhor técnico coletivo.

Por indicação do Comitê Paraolímpico Brasileiro receberão o troféu de melhor atleta do ano os nadadores Edênia Garcia e Daniel Dias. O melhor técnico paraolímpico foi Romolo Lazaretti, do ciclismo.

Orçamento do Ministério do Esporte dobrará em 2011

        O Ministério do Esporte terá em 2011 o dobro de dinheiro que pediu ao Congresso Nacional.

        Da proposta original de R$1.287.505.367,00 que o Ministério do Esporte propôs ao Congresso Nacional, a relatora do orçamento, senadora Serys Slhessarnko (PT/MT), passou para R$ 2.459.089,347,00.

        O expressivo aumento deve-se, principalmente, às emendas dos parlamentares, dinheiro que deputados e senadores destinam às suas bases para a construção de quadras esportivas e ginásios, reformas de praças de esportes etc.

        Ainda hoje colocarei informações mais detalhadas sobre o orçamento do Ministério do Esporte.

Ranking

        O Orçamento da União deverá ser votado até quarta-feira, quando se encerram as atividades legislativas no Congresso Nacional.

        Conforme o relatório da senadora Serys, a área de esportes é o segundo mais baixo orçamento da Esplanada dos Ministérios, atrás apenas da Cultura, que ficou com R$ 2.097.758.607,00.

        Já o Ministério das Cidades, que tem vários projetos voltados para projetos urbanos das sedes da Copa do Mundo de 2014, ficou terá R$ 22 bilhões disponíveis.

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Benê Lima